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Caso a denúncia seja admitida, Bolsonaro e seus aliados passarão à condição de réus na Suprema Corte | Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta terça-feira (25/3) o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados.
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O grupo é acusado de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
O presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, reservou três sessões para a análise do caso. As primeiras ocorrem nesta terça-feira, nos períodos da manhã e da tarde, e a terceira está agendada para quarta-feira (26/3), às 9h30.
A Primeira Turma do STF é composta por Cristiano Zanin e pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.
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Durante essas sessões, os cinco ministros que compõem o colegiado decidirão se aceitam a denúncia e tornam os acusados réus.
Os denunciados fazem parte do chamado “Núcleo 1”, considerado central na suposta organização criminosa descrita pela PGR. São eles:
Os crimes atribuídos ao grupo incluem:
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A PGR ainda alega que Bolsonaro e seus aliados articularam um plano para deslegitimar o sistema eleitoral e pressionar as Forças Armadas a aderirem a um golpe.
Entre as provas apresentadas estão documentos e mensagens que indicam o envolvimento dos acusados na tentativa de subverter o resultado das urnas.
O rito do julgamento seguirá a seguinte ordem:
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Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, os acusados passarão à condição de réus e responderão a uma ação penal. A fase seguinte será a instrução processual, com coleta de provas e depoimentos.
Os oito indiciados fazem parte de um dos cinco grupos que, segundo a PGR, integravam uma organização criminosa voltada a ataques contra o Estado Democrático de Direito.
No total, a Procuradoria denunciou 34 pessoas, apontando Bolsonaro como líder do esquema.
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Os crimes atribuídos ao ex-presidente e a outros 33 denunciados incluem liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
A Primeira Turma do STF avaliará, nesta terça-feira, se aceita a abertura de uma ação penal. Caso a denúncia seja admitida, Bolsonaro e seus aliados passarão à condição de réus na Suprema Corte.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ganhou ainda mais força após a apresentação das defesas dos investigados.
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se a favor do recebimento da denúncia e contestou os argumentos apresentados pelos oito acusados que compõem o chamado “núcleo central” da suposta organização criminosa.
Esse grupo inclui Jair Bolsonaro, além de ex-integrantes de seu governo, como Walter Braga Netto, que ocupou os ministérios da Casa Civil e da Defesa, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e Augusto Heleno, que esteve à frente do Gabinete de Segurança Institucional.
Também fazem parte da lista Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Todos são apontados como figuras-chave no suposto plano para desestabilizar o Estado Democrático de Direito.
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Caso a denúncia seja aceita, o processo avançará para a fase de instrução, em que testemunhas serão ouvidas e novas provas poderão ser anexadas.
Somente após essa etapa, a Primeira Turma decidirá se os denunciados serão condenados ou absolvidos.
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