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Atual gestão não criou parque no Minhocão, como prometido em 2020

Minhocão é alvo de uma série de polêmicas nos últimos anos; estrutura elevada deve ser desativada para veículos até 2029

Bruno Hoffmann

31/12/2024 às 14:00

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Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, na região central de São Paulo

Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, na região central de São Paulo | Bruno Hoffmann

O então prefeito Bruno Covas (PSDB) se comprometeu durante a campanha eleitoral de 2020 a transformar o Elevado João Goulart, conhecido como Minhocão, em um parque suspenso.

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Essa foi uma das promessas não cumpridas pela gestão depois continuada por Ricardo Nunes (MDB).

O tucano morreu em maio de 2021, vítima de um câncer, e a administração municipal foi entregue a Nunes, reeleito em 2024.

Medidas paliativas

Em maio de 2021, a prefeitura instalou bancos de madeira em alguns trechos nos fins de semana.

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O elevado, porém, continuou aberto ao tráfego de veículos durante os dias úteis. A medida foi criticada por ser considerada apenas paliativa.

Em 2024, Nunes garantiu ter determinado a realização de estudos técnicos a respeito da possível substituição do Minhocão para o tráfego de veículos.

“A administração municipal retomou os estudos sobre a desativação, que estavam suspensos durante a revisão do Plano Diretor de legislações urbanísticas, para identificar a proposta urbanística mais adequada ao local”, informou a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento à Gazeta em agosto deste ano.

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Minhocão precisa chegar ao fim em 2029

A estrutura elevada deve ser desativada para carros e outros veículos até 2029, como determina o Plano Diretor Estratégico de São Paulo.

A prefeitura trabalha com uma alternativa: a criação de um parque (parcial ou integralmente) ou a demolição total da estrutura. Ambos os caminhos têm críticos e defensores.

Defensor do desmonte

O ex-vereador Caio Carneiro aprovou em 2020 um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que prevê um plebiscito para o povo decidir o destino do viaduto de 3,4 quilômetros de extensão que corta os distritos da Consolação, Santa Cecília, Barra Funda e Perdizes.

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Caio, que atualmente está fora da vida pública para estudar nos Estados Unidos, sempre defendeu a demolição do viaduto.

É possível requalificar aquele lugar com o desmonte, e então criar um boulevard com uma ciclovia legal, arborizada no meio, com corredor”, disse à Gazeta.

O Minhocão é alvo de polêmicas desde a inauguração. Em 1976, a estrutura passou a ser fechada de 0h a 5h, para diminuir o incômodo à vizinhança.

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Hoje, a circulação de veículos é permitida de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h.

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