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Polícia
Criminoso passou cerca de 20 dias invadindo residências, assassinando famílias e fugindo da polícia por matas
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O caso do serial killer Lázaro Barbosa aterrorizou o Brasil em 2021 | Divulgação/Polícia Civil
O caso Lázaro Barbosa aterrorizou o Brasil em 2021, deixando os moradores de uma região de Brasília com medo até de ficar em suas próprias casas.
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Em 9 de junho daquele ano, a polícia começava a busca por um homem, suspeito de matar uma família a tiros na zona rural de Ceilândia-DF naquele mesmo dia. Pai e dois filhos foram achados mortos em casa, e a mãe havia sido levada da propriedade antes de sua fuga.
Após isso, uma série de crimes foram cometidos pelo sujeito. Relembre o caso abaixo.
No dia seguinte aos primeiros assassinatos, Lázaro invadiu um sítio na região, fazendo de refém a proprietária e o caseiro da chácara durante três horas. Era o início de uma sequência de invasões que traria uma sensação de desespero por muitos outros dias aos moradores.
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Nesta segunda invasão, o criminoso contou aos reféns sobre o crime anterior, que já era noticiado na televisão. Lázaro então obrigou as vítimas a usarem drogas com ele e depois fugiu, levando celulares, uma jaqueta e R$ 200.
No terceiro dia, Lázaro roubou um carro em Ceilândia rumo a Cocalzinho, em Goiás. Chegando lá, abandonou o veículo na BR-070 e ateou fogo para dificultar o reconhecimento.
Com conhecimento aprofundado da mata, conseguiu entrar em áreas de difícil acesso para fugir da polícia. As autoridades já haviam iniciado uma força-tarefa com mais de 200 agentes da polícia militar, civil, rodoviária federal e bombeiros militares.
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As equipes oficiais se dividiam entre estradas e chácaras da região, buscando também a proteção dos moradores.
Outra invasão ocorreu no dia 12, quarto dia consecutivo. O criminoso fez um caseiro refém e o obrigou a ingerir bebidas alcoólicas.
Paralelamente, a inteligência da polícia mapeou as ações do criminoso, chegando até aos esconderijos do assassino. Assim, finalmente, os restos mortais de Cleonice, a mãe da família assassinada no primeiro dia, foram achados.
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Ainda no dia 12, mas a noite, Lázaro invadiu outra chácara, e dessa vez, as pessoas reagiram e acabaram alvejadas.
Na fuga, o homem levou duas armas do local e mais tarde incendiou uma casa. Ali ele trocou tiros com a polícia antes de conseguir escapar mais uma vez.
Com a sucessão de crimes e fugas, o caso foi virando manchete em quase todos os principais jornais do Brasil, que ficavam horas noticiando atualizações sobre a busca pelo assassino.
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No dia 13, após roubar um carro e dirigir por cerca de 30 quilômetros antes de avistar uma barreira montada pela polícia, ele abandonou o veículo e fugiu a pé para dentro da mata. O criminoso sempre andava pelos córregos, para não deixar rastros, e ficava escondido.
Dois dias depois, em 15 de junho, o criminoso ficou sem comida e voltou a invadir outra residência. Desta vez, porém, acabou avistado por viaturas rurais da zona. Uma troca de tiros acabou atingindo, de raspão, um policial militar.
Um dia após a troca de tiros, o serial killer foi novamente visto por moradores de Cocalzinho de Goiás, quando fez novas vítimas de refém. Uma delas, adolescente, conseguiu se esconder debaixo da cama e mandar uma mensagem para a polícia.
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Após o envio da mensagem, a adolescente e outros três reféns foram levados por Lázaro para o mato e seus celulares foram completamente destruídos. Com a chegada do policiamento na área por meio de helicópteros, o assassino deixou as vítimas e fugiu de novo.
Outras trocas de tiros ainda chegaram a ocorrer.
Após alguns dias sem ação do criminoso, a polícia descobriu que Lázaro havia criado um perfil falso no Facebook para conseguir acompanhar online as notícias e ação policial.
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Além disso, no meio deste "sumiço", Lázaro tentava retornar ao DF. Uma suposição de que ele teria recebido ajuda de um fazendeiro junto ao seu caseiro foi investigada e descartada pelos oficiais posteriormente.
O fazendeiro morreu, um pouco menos de um ano depois, após sofrer um infarto.
Com a população assustada, algumas casas foram abandonadas pela região, por receio de sofrerem com a invasão do serial killer. Algumas denúncias passavam a localização do assassino, que sempre conseguia fugir antes da chegada da polícia.
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Após 19 dias do primeiro crime cometido, o criminoso foi flagrado por uma câmera de monitoramento de uma região próxima da casa de sua ex-sogra, em Águas Lindas. Uma denúncia recebida pela polícia também confirmava a informação.
Após ser localizado, trocou tiros com policiais militares das Rondas Táticas Ostensivas Metropolitana (Rotam), quando acabou atingido.
Segundo a polícia, cerca de 125 disparos teriam sido feitos na tentativa de neutralizar Lázaro. De acordo o laudo do IML, 39 tiros de pistola e fuzil atingiram o assassino.
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Os oficiais informaram que Lázaro foi levado ainda com vida no porta-malas de uma viatura direto para a ambulância do Corpo de Bombeiros. De acordo com registros da época, ele morreu enquanto recebia atendimento médico no hospital.
Com a repercussão da operação, em 2024, o líder da equipe de buscas foi contratado para integrar a equipe de segurança de Pablo Marçal, em sua candidatura à prefeitura de São Paulo.
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