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Polícia
Um dos detidos foi identificado como o autor dos disparos que mataram o delator do PCC em novembro do ano passado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos
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Coletiva de imprensa da Corregedoria da Polícia Militar na manhã desta quinta-feira (16/1) em São Paulo | Divulgação/SSP
A Polícia Civil de São Paulo continua na força-tarefa para concluir a investigação da execução de Antônio Vinícius Gritzbach, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
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O assassinato ocorreu no dia 8 de novembro de 2024. Nesta quinta-feira (16/1) quinze policiais militares foram presos suspeitos de envolvimento com o crime organizado.
Entre os detidos, um foi identificado como autor dos disparos que mataram o delator do PCC. O PM da ativa Denis Antonio Martins é apontado como a pessoa que fez os disparos contra Gritzbach.
Já os outros 14 policiais militares foram presos por prestarem serviço de segurança ilegal ao homem, que era investigado por lavagem de dinheiro e duplo homicídio. As informações são da Corregedoria da Polícia Militar.
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Ainda conforme as investigações, os policiais sabiam do envolvimento de Vinícius com uma facção criminosa e, mesmo assim, faziam a segurança dele, além de fornecer informações sigilosas que favoreciam tanto o investigado quanto outros membros da quadrilha.
“A ideia era se valer da função de policial militar para darem aparência de que aquilo era uma segurança pessoal. Usavam até um veículo que imitava uma viatura descaracterizada”, contou o corregedor da PM, coronel Fábio Sérgio do Amaral, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
O coronel também explicou que os policiais presos são considerados integrantes da organização criminosa por saberem das atividades ilícitas de Vinícius e, voluntariamente, prestarem serviço para ele, sem o denunciar.
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Ainda na entrevista coletiva, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que ainda não se sabe quem é o mandante do crime.
Para fazer a identificação do atirador, o secretário explicou que foram usadas várias ferramentas de inteligência, incluindo a quebra do sigilo telefônico e o uso de antenas de celular.
Segundo ele, com isso, foi possível saber que o acusado estava no aeroporto no dia da execução. "Uma série de fatores o colocaram na cena do crime", afirmou.
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Confira abaixo os nomes dos policiais presos durante a operação. Os nomes foram divulgados pelo "g1".
Para a diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, a prisão desses suspeitos representa um avanço na investigação contra o mandante do assassinato de Vinícius.
“Temos a quebra dos sigilos telefônicos que nos levam a outras pessoas, que não são policiais militares. Já temos duas linhas de investigação que podem nos levar ao mandante do crime, que com certeza foi encomendado pela facção”, disse.
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A Polícia Civil de São Paulo também prendeu nesta quinta-feira a namorada de Kauê do Amaral Coelho, 29, olheiro do PCC no caso do assassinato do delator.
A mulher foi identificada como Jackeline Leite Moreira. Ela foi detida em Itaquera, na zona leste de São Paulo. A suspeita do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) é de que Jackeline tenha ajudado na fuga de Kauê.
O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, que teria mandado matar dois integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que age dentro e fora dos presídios, foi morto com pelo menos 10 tiros, de 29 disparados.
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O delator morreu após desembarcar na saída do Terminal 2 do aeroporto, na tarde do último dia 8 de novembro.
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