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Policiais são suspeitos de cobrar propina para deixar de investigar funkeiros | Divulgação/PF
Uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Estadual, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, prendeu nesta sexta-feira (25/4) quatro policiais civis de Santo André, no ABC Paulista, suspeitos de cobrar propina para deixar de investigar funkeiros.
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A operação é um desdobramento de um inquérito aberto em 2021 pela PF para apurar a relação de donos de produtoras de funk com integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A ação tem como alvos principais policiais civis lotados no 6º Distrito Policial de Santo André, onde teria se estruturado um esquema para extorquir dinheiro dos investigados, que teriam promovido rifas ilegais pelas redes sociais.
As investigações indicam que os policiais abriam procedimentos chamados 'Verificação de Procedência de Informações' (VPI) para apurar supostos sorteios ilegais feitos por influenciadores digitais.
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A apuração revelou, entretanto, que o objetivo era a exigência de propina para arquivar os casos, negociada com os próprios alvos ou seus advogados.
A primeira fase da operação foi deflagrada em março do ano passado. Na ocasião, os investigadores recolheram celulares dos investigados.
Na segunda fase, em dezembro do ano passado, um investigador do 6º Distrito Policial de Santo André chegou a ser preso. Outro foi afastado das funções e até um delegado foi alvo de buscas. Os três foram denunciados à Justiça e respondem pelo crime de corrupção passiva.
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Nesta terceira fase da Operação Latus Actio, como é chamada, também são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Santo André, Mauá e São Paulo. Os presos serão levados para a Corregedoria da PC e os objetos eventualmente apreendidos, para a PF.
A nova fase da operação é desdobramento direto das ações realizadas nos dias 12 de março e 12 de dezembro de 2024, quando a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) de São Paulo identificou a estrutura criminosa instalada na repartição policial.
Ao todo, 16 pessoas foram indiciadas no relatório final das fases 1 e 2 da operação pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, crimes contra a ordem tributária, exploração de loteria clandestina e agiotagem.
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Além da FICCO/SP, participam da operação o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO/SP) e a Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
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