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Polícia
Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirma que não compactua com excessos ou desvios de conduta
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Kauê, irmão da vítima, relata que foi ver o que acontecia na praça quando foi abordado | Reprodução/Redes Sociais
O tiro que matou a adolescente de 16 anos na zona leste de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (10/1), saiu da arma de um policial militar após ele dar uma coronhada no irmão dela, segundo informações da Polícia Civil.
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Victoria Manuely dos Santos foi atingida com um tiro no tórax. De acordo com informações inicias da família, a bala teria saído da arma de um policial militar durante uma abordagem, o que se confirmou após apuração.
Após ouvir as testemunhas e analisar as imagens da câmera corporal do policial militar, o delegado Victor Sáfadi Maricato acredita que haja “claros e fortes indícios” de que o disparo que matou a jovem tenha como origem a arma do sargento Thiago Guerra. O disparo teria ocorrido no momento em que ele bateu com a pistola na cabeça de Kauê, irmão da vítima.
Em entrevista à imprensa, Kauê relata que foi verificar o que acontecia na praça quando foi abordado pelos policiais.
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Ele soube da morte da irmã ao ser levado à delegacia pela PM, e ao ouvir da mãe que a jovem havia morrido, desabou no chão em desespero, chorando muito.
Kauê chegou a ser detido e levado para a delegacia. “Falou só que eu resisti à prisão e já era”. Após algumas horas, o jovem foi liberado.
"Esses caras ai, Justiça da polícia, matou minha irmã. Um monte de gente morre na mão da polícia, eles acham que estão fazendo o bem, mas estão fazendo só o mal.", disse em coletiva.
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A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que não compactua com excessos ou desvios de conduta e informou que a Polícia Civil busca imagens para esclarecer o caso.
Ainda conforme o órgão, o policial militar foi preso em flagrante e conduzido ao 50º DP, no Itaim Paulista, onde o caso foi registrado.
A mãe da vítima, Vanessa Priscila dos Santos, já havia contado em entrevista à TV Globo que estava com os filhos e alguns amigos em frente a um bar, na rua Capitão Pucci, em Guaianases, quando dois homens passaram correndo e eles foram ver o que acontecia.
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Ela disse que os policiais que vinham em seguida abordaram seu filho e o jogaram no chão. Nesse momento, aconteceu um disparo, que acertou a filha dela.
"Meu filho disse: 'eu não tenho nada a ver com isso, não tenho nada a ver com isso, me solta, me solta'. E aí ele [PM] o jogou no chão e a arma disparou. Só ouvi o tiro, e minha filha jorrando sangue", contou Vanessa à reportagem da TV.
Victoria chegou a ser levada para o Hospital Geral de Guaianases, mas não resistiu ao ferimento.
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Segundo Vanessa em entrevista à TV Globo, os policiais não quiseram socorrer a adolescente, porque estavam mais preocupados em levar o filho preso.
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