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Pedrinho Matador: relembre quem foi o maior serial killer do Brasil

Criminoso foi condenado a cerca de 400 anos de prisão por ter matado 71 pessoas e foi assassinado em 2023

Leonardo Sandre

04/12/2024 às 19:40

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Pedrinho Matador é considerado o maior serial killer da história do Brasil

Pedrinho Matador é considerado o maior serial killer da história do Brasil | Reprodução/SBT

Na vasta história criminal do Brasil, alguns casos de serial killers se destacam. Entre eles, está o caso do Pedrinho Matador, que chegou a se considerar o maior serial killer do Brasil.

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O criminoso foi condenado a cerca de 400 anos de prisão por ter matado 71 pessoas. Pedrinho, contudo, não se considerava um "assassino", mas sim uma espécie de "justiceiro".

O homem morreu assassinado em março de 2023. Relembre o caso a seguir.

Quem foi Pedrinho Matador?

Nascido em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, no 29 de outubro de 1954, Pedro Rodrigues Filho viria a entrar para a história como um dos maiores serial killers do Brasil.

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De forma oficial, judicialmente, é considerado o maior assassino em série da história do País, tendo sido condenado a mais de 400 anos de prisão pelo assassinato de 71 pessoas. No entanto, segundo ele, chegou a matar mais de 100.

Pedrinho Matador é considerado um dos assassinos em série mais frios da história. Entre as vítimas, estão vários detentos que ele dizia ter matado porque "não ia com a cara" ou porque "roncava demais".

Além disso, o assassino carregava uma tatuagem que dizia: "Mato por prazer". Ele foi preso pela primeira vez em maio de 1973, quando tinha 19 anos, e só saiu em 2007. Em 2011, foi preso de novo, e acabou libertado de vez em 2018.

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Infância e começo dos crimes

Pedro teria fugido de casa, em Mogi das Cruzes, aos nove anos, e começou sua série de crimes. A fuga, segundo ele, ocorreu, pois não aguentava o pai, bêbado, que agredia a mãe.

Ainda aos nove anos, Pedro costumava fazer assaltos na zona leste e na região central da capital paulistana. Neste momento, vivia em hotéis nos arredores do Parque Dom Pedro II, na Sé.

As primeiras mortes realizadas por ele teriam ocorrido quando ele tinha apenas 11 anos.

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Executou o traficante Jorge Galvão, seu irmão e cunhado, com uma arma de fogo.

"Não acreditaram em mim, um menino magro, que mal conseguia segurar a automática", disse ao Estadão.

Assassinato do próprio pai

Pedrinho era adepto de entrevistas, nas quais gostava de aumentar sua fama, contando vários casos, que não foram confirmados.

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Em participação no Cometa Podcast, chegou a afirmar que matou o próprio pai.

"Eu matei meu pai na cadeia. Estava preso já. Fiquei 42 anos preso. Meu pai também estava. Eu arrumei um 'bem bolado' e cheguei até a cela dele" — revelou o criminoso à época.

Na ocasião, ele contou com detalhes mórbidos o que fez com seu progenitor. 

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"Eu só mastiguei [o coração]. Cortei o bico do coração e mastiguei, e joguei em cima do corpo" — explicou o matador.

Pedro, inclusive, nasceu com o crânio ferido, devido a uma agressão de seu pai quando sua mãe ainda estava grávida. Segundo ele, o homicídio do próprio pai foi como forma de vingar a mãe.

 Ainda segundo o assassino, o pai dele começou as agressões contra a mulher quando surgiu uma suposta traição, algo que segundo Pedrinho, nunca aconteceu.

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"Minha mãe era da [igreja] Cristã do Brasil, por 12 anos. Por causa de uma mentira, ele estragou minha família toda. Ele matou a minha mãe e só não matou meus irmãos porque eles saíram correndo e lá fora os vizinhos recolheram. Eu estava preso já. Mas ele ia matar todo mundo", afirmou. 

Ao lado do caixão de sua mãe, ele teria jurado que mataria o pai, o que teria cumprido pouco depois.

Motivação para matar

Em uma entrevista antiga ao Estadão, em matéria de 1986, Pedrinho justificava o motivo de matar.

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"[…] Não mexo com ninguém, levo minha vida. Mas se atravessarem meu caminho, mato mesmo. Todos que matei quiseram me desafiar, me enfrentar. Quando dou meu primeiro golpe, não me controlo mais. Sou assim mesmo. Mato, mato e mato", disse à reportagem à época.

Ele negava qualquer arrependimento.

"Não tenho nenhum arrependimento. Mato e é tudo natural. Não temo nada. Nunca temi. Desde que fugi de casa e cai no mundo. O importante é estar preparado. Tenho uma força que me ajuda a matar. Mas esse assunto é segredo".

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Saída da prisão e vida religiosa

Questionado por um repórter se teria medo do que encontraria lá fora quando solto, Pedro dizia que não.

"Eu procuro saber de tudo lá fora. E tenho família, tenho os amigos. Muitos, muitos. É tudo crente. Eles vão me ensinar tudo de novo".

Após passar quase 42 anos na cadeia, foi solto em 2018 e aderiu a preceitos religiosos. Havia virado influencer e tinha um canal no YouTube, chamado de "Pedrinho Ex Matador com Jesus", com mais de 27 mil inscritos.

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Morte

O ex-detento foi assassinado a tiros e teve o pescoço cortado, de acordo com o boletim de ocorrência. O crime ocorreu em 5 de março de 2023.

O corpo foi encontrado na calçada em frente à casa de familiares em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

Segundo a polícia, o crime teria ocorrido após uma possível ordem de proibição de tráfico de drogas em um bairro em que parentes de "Pedrinho Matador" moravam, também em Mogi das Cruzes.

Segundo a Polícia Militar, ele foi baleado por volta das 10h, em frente à casa de uma irmã. Pedrinho ainda foi atendido pelo Samu, mas morreu no local.

Um veículo Gol de cor preta, que estaria envolvido no transporte dos suspeitos, foi localizado.

Ele foi atingido por tiros e depois degolado. Um dos autores do crime utilizava uma máscara do personagem Coringa, segundo relato de uma testemunha. Pedrinho Matador carregava R$ 750 no bolso quando foi assassinado.

Segundo o delegado, Adalberto de Oliveira Alves Júnior, conhecido como “Pierre”, é um dos três envolvidos na morte de Pedrinho Matador.

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