A+

A-

Alternar Contraste

Segunda, 16 Dezembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Polícia

Massacre de Suzano: relembre a tragédia que chocou o Brasil

Uma análise dos eventos, das vítimas e do impacto nacional do ataque na Escola Estadual Raul Brasil, ocorrido em 2019

Raphael Miras

16/12/2024 às 15:00  atualizado em 16/12/2024 às 16:18

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
A tragédia de Suzano nos lembra da importância de monitorar sinais de alerta em jovens vulneráveis, bem como do perigo representado por comunidades online que promovem a violência.

A tragédia de Suzano nos lembra da importância de monitorar sinais de alerta em jovens vulneráveis, bem como do perigo representado por comunidades online que promovem a violência. | Wikimedia Commons

Na manhã do dia 13 de março de 2019, o Brasil vivenciou um dos mais brutais ataques escolares da sua história. 

Continua depois da publicidade

Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, invadiram a Escola Estadual Professora Raul Brasil, em Suzano, e mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias do colégio. 

O ataque gerou comoção em todo o país. Autoridades, como o ex-governador João Doria e o então ex-presidente Jair Bolsonaro, expressaram pesar pelas vítimas. O Supremo Tribunal Federal também divulgou nota repudiando o atentado.

A preparação para o crime

Dias antes do ataque, Guilherme já dava indícios de suas intenções em postagens no Twitter. 

Continua depois da publicidade

Ele compartilhava mensagens extremistas, mostrava fascínio por outros ataques em massa, como o massacre de Columbine, e demonstrava uma crescente obsessão por armas e violência.

Em sua biografia na rede social, Guilherme escrevia frases como “#fuckthegovernment” e “#god”. Luiz, por outro lado, era considerado reservado e não tinha histórico de comportamento violento. 

No entanto, sob a influência de Guilherme, ele se tornou um cómplice dedicado, chegando a gastar cerca de R$ 7 mil em armas e munições para o ataque.

Continua depois da publicidade

Ambos participavam de fóruns online que glorificavam massacres e forneciam dicas para execução de atentados. Esses espaços virtuais foram fundamentais para planejar os detalhes do crime, inclusive para a aquisição de armas.

A tragédia na Escola Raul Brasil

Naquela quarta-feira fatídica, os dois jovens estacionaram um carro próximo à escola e aguardaram o momento do intervalo para entrar. 

A primeira vítima foi o tio de Guilherme, Jorge Moraes, que foi assassinado na própria loja antes de os atiradores seguirem para a escola.

Continua depois da publicidade

Dentro da Raul Brasil, a coordenadora pedagógica Marilena Vieira foi a primeira a ser morta, seguida pela inspetora Eliana Xavier. 

Os atiradores então passaram a atacar indiscriminadamente os alunos. No total, cinco estudantes perderam a vida: Caio Oliveira, Claiton Ribeiro, Douglas Celestino, Kaio Lucas e Samuel Silva.

Enquanto Guilherme disparava contra as vítimas, Luiz utilizava uma machadinha para golpear aqueles que caíam ao chão. O massacre deixou também 11 feridos, dois deles em estado grave.

Continua depois da publicidade

Quando a polícia chegou ao local, os atiradores já estavam mortos. As investigações apontaram que Guilherme matou Luiz antes de tirar própria vida.

As motivações e os sinais de alerta

A investigação revelou que bullying, isolamento social e uma busca doentia por reconhecimento estavam entre as principais motivações dos jovens. 

Guilherme era descrito como um garoto solitário, que sofria com a ausência dos pais e encontrava conforto em conteúdos violentos na internet. 

Continua depois da publicidade

Luiz, por sua vez, era visto como ingênuo e facilmente influenciável, o que teria facilitado sua cooptação para o plano.

O jovem de 17 anos desejava superar o número de vítimas do massacre de Columbine, nos Estados Unidos, que deixou 15 mortos em 1999. 

Além disso, cadernos encontrados no carro usado pela dupla mostravam desenhos de armas e anotações sobre jogos de tiro em primeira pessoa.

Continua depois da publicidade

Lembrando as vítimas

Os funerais das vítimas foram marcados por comoção e dor. As famílias continuam buscando respostas e lutando para evitar que tragédias semelhantes se repitam. 

A tragédia de Suzano nos lembra da importância de monitorar sinais de alerta em jovens vulneráveis, bem como do perigo representado por comunidades online que promovem a violência.

Mais de quatro anos depois, o massacre de Suzano permanece como uma cicatriz na história do Brasil, um lembrete sombrio da necessidade de cuidar da saúde mental, combater o bullying e limitar o acesso a conteúdos extremistas que incentivam a destruição em massa.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados