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Polícia
Empresário José Maria foi julgado e condenado a 13 anos de prisão por atropelar a vítima em 2020, em São Paulo
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Marina Harkot era socióloga e ativista do uso da bicicleta por mulheres na cidade | Foto: Divulgação.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP) pediu a prisão imediata do empresário José Maria da Costa Júnior, condenado por atropelar e matar a ciclista Marina Harkot, em 2020, em São Paulo. A Promotoria quer aumentar a pena de 13 anos para 17 anos de reclusão.
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O julgamento do réu começou na manhã de quinta (23/1) e terminou nesta madrugada no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste da capital.
Seis dos sete jurados votaram pela condenação por beber e dirigir o carro em alta velocidade, atingir a vítima enquanto ela pedalava e fugir após o atropelamento. A sentença foi dada pela juíza Isadora Botti Beraldo Moro.
José Maria cumprirá 12 anos de prisão em regime fechado por homicídio doloso qualificado por dolo eventual (por ter arriscado a vida de outras pessoas e assumido o risco de matar uma delas), seis meses em regime aberto por embriaguez ao volante e seis meses no regime aberto pela omissão de socorro (por fugir do local sem prestar socorro à vítima).
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O atropelamento de Marina ocorreu em 8 de novembro de 2020 na Avenida Paulo VI, em Pinheiros, na zona oeste. A bicicleta vermelha da socióloga ficou destruída após ser atingida por trás pelo Hyundai Tucson prata dirigido pelo motorista.
José Maria negou ter bebido e guiado o carro em alta velocidade, mas dois amigos dele, que estavam com o motorista no carro, contaram que ele havia tomado uísque com energético momentos antes de atropelar Marina.
Além de colher depoimentos de sete pessoas que estavam presentes, o laudo da perícia da polícia analisou um vídeo que mostra que o carro passou a 93 km/h na via logo após o atropelamento. O limite para o trecho é de 50 km/h. O motorista se apresentou na delegacia dois dias depois do atropelamento.
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De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a ciclista morreu por causa de politraumatismo (diversas fraturas pelo corpo). Marina Harkot tinha 28 anos quando foi atropelada e morta. Era pesquisadora do uso da bicicleta como meio de transporte para mulheres nas grandes cidades e defensora dos direitos dos ciclistas no trânsito.
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