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Polícia
Ela, inclusive, não teria noção exata pelo que passava; caso é investigado pela Polícia Civil
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Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação (Decrin) do Distrito Federal investiga a amputação do pé de uma idosa de 103 anos | Reprodução
A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação (Decrin) do Distrito Federal investiga a amputação de um pé de uma idosa de 103 anos. A cirurgia irregular foi realizada sem anestesia em um apartamento na Asa Norte, em Brasília.
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A cirurgia, feita na casa da idosa, foi conduzida por uma enfermeira, que foi incentivada e contratada pelo próprio filho da vítima. A profissional não teria habilitação para esse tipo de procedimento.
A operação, que deveria ter ocorrido em ambiente hospitalar, teria sido executada sem monitoramento. A idosa, inclusive, não teria a noção exata de que passava por uma cirurgia de amputação.
Apesar das fortes dores, ela teria ouvido que deveria se acalmar “pois estavam tirando apenas uma unha encravada”.
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Depois que o pé foi cortado, a enfermeira tentou descartar o membro em um hospital particular, mas encontrou dificuldades. A cirurgia teria acontecido em dezembro do ano passado. A necrose havia tomado conta de todo o pé da vítima e se alastrado pela perna.
Os investigadores querem saber onde foi descartado o pé da idosa. O nome dela, de seus familiares e da enfermeira não foram divulgados.
A idosa era cuidada por técnicas de enfermagem e enfermeiros que se revezavam em 'home care'. A profissional formada em enfermagem, que fez a amputação, teria sido contratada exclusivamente para a cirurgia.
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A situação estaria tão precária e o pé da idosa tão necrosado que, em uma primeira tentativa, um bisturi teria ficado cego.
A Decrin disse à Gazeta que foi instaurado um inquérito para apurar em que circunstâncias os fatos ocorreram.
Além disso, informou que a idosa foi submetida a uma cirurgia eletiva na perna e está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital na região. A nota na íntegra pode ser acessada no fim desta matéria.
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A Decrin é uma unidade policial que investiga crimes de discriminação racial, religiosa, por orientação sexual, ou contra pessoas com deficiência, ou idosas.
O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) disse à Gazeta que “tomou conhecimento do caso e que o profissional de enfermagem não realiza amputações, podendo atuar apenas na reabilitação de pessoas amputadas”.
“Na manhã do último dia 27, a Decrin tomou conhecimento que uma idosa de 103 anos teve o seu pé amputado em casa, em razão de necrose. Imediatamente, a Especializada orientou o denunciante a fazer o registro da ocorrência policial, sendo possível obter conhecimento mais detalhado dos fatos e iniciar as investigações.
A Decrin foi informada que a vítima apresentava uma ferida no pé, que foi aumentando ao ponto de ter indicação médica para amputação. No entanto, em razão de sua idade, a família teria optado por tratar os ferimentos com cuidados paliativos, o que poderia chegar a uma amputação natural. Pelo apurado até agora, teria acontecido.
Em consulta com um perito médico-legista da PCDF, especialista em geriatria e experiente em cuidados paliativos, verificou-se, preliminarmente, que os procedimentos não fogem, a princípio, ao protocolo de cuidados paliativos.
É importante informar que a vítima está sendo acompanhada 24h por uma equipe médica e de enfermagem de Home Care desde 2023. O que, em tese, demonstra não estar sendo negligenciada nos cuidados médicos e pessoais. O caso é bastante delicado, exigindo o máximo respeito pela vítima que foi submetida a uma cirurgia e está internada na UTI.
Foi instaurado o Inquérito Policial para apurar em que circunstâncias se deram estes fatos. As investigações correm em sigilo e, muitas diligências ainda precisam ser realizadas, como obtenção de informações técnicas, oitivas de várias pessoas e profissionais envolvidos, bem como a realização de exames periciais. Somente após a análise de todas as provas apresentadas, a autoridade policial poderá dizer se houve ou não ilícito penal”.
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“O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) tomou conhecimento do caso envolvendo uma enfermeira que supostamente realizou a amputação do pé de uma idosa de 103 anos, utilizando um bisturi inadequado, em ambiente domiciliar e sem anestesia. Ressaltamos que o profissional enfermeiro não realiza amputações, podendo atuar apenas na reabilitação de pessoas amputadas.
O Coren-DF condena de forma contundente qualquer prática que fira os preceitos éticos, técnicos e legais que norteiam a atuação da enfermagem. Aguardamos, no entanto, os desfechos da investigação da Polícia Civil do Distrito Federal, para apurar qual tipo de procedimento foi especificamente realizado.
A fiscalização e a regulamentação do exercício da Enfermagem são pilares fundamentais da atuação do Conselho, cujo objetivo é zelar pela ética e pela segurança na assistência.
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Reforçamos que a prática profissional da Enfermagem deve sempre observar os limites de competência estabelecidos pela legislação, de modo a preservar a vida, a saúde e a dignidade dos pacientes. Casos como este não representam como um todo a categoria, composta por profissionais éticos e comprometidos com a assistência segura e de qualidade.
O Coren-DF está à disposição para colaborar com as autoridades competentes no decorrer das investigações”.
A Gazeta também noticiou que uma mulher agrediu outra após ver mensagens do marido e desconfiar de traição.
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