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Adolescentes atendidos na Vila Maria foram transferidos para outros serviços | Reprodução
A unidade da Fundação Casa no Complexo da Vila Maria, na zona norte de São Paulo, foi fechada na última sexta-feira (7/3) após denúncias de violência e prevaricação de funcionários.
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Segundo a investigação, os detentos atearam fogo na unidade em 21 de fevereiro. Durante a confusão, imagens das câmeras de segurança registraram diretores da unidade arremessando objetos em chamas contra os adolescentes.
Os internos sofreram queimaduras e não receberam atendimento adequado. Um deles, com ferimentos graves, só foi encaminhado ao hospital dois dias depois. Os demais sequer receberam pomadas para aliviar a dor.
A denúncia foi enviada à Vara da Infância e Juventude e à Defensoria Pública, que a repassou ao juiz corregedor.
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Os 19 adolescentes internados na unidade foram transferidos para outros centros socioeducativos na capital e em Osasco.
Em nota, a Fundação Casa afirmou que as câmeras de segurança registraram toda a ocorrência e negou que agentes tenham ateado fogo nos adolescentes.
Segundo a instituição, as imagens mostram os infratores pegando fios elétricos de um dormitório para gerar faíscas e incendiando um colchão, que foi arrastado para o pátio quando a porta foi aberta. Durante a confusão, os jovens teriam rendido servidores e danificado móveis da unidade.
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A direção afirma que a equipe interveio para conter a situação, seguindo os protocolos de segurança. Três servidores sofreram escoriações leves, um adolescente teve um corte na cabeça e outro apresentou queimadura no braço.
O 19º Distrito Policial (DP) Vila Maria investiga os funcionários da Fundação Casa pelo crime de prevaricação por conta de duas situações: a possível falta de vigilância em relação aos internos e por comunicarem o fato somente dois dias após o ocorrido.
Segundo o Código Penal, prevaricação ocorre quando um funcionário público se omite ou retarda o cumprimento de um dever. A pena pode variar de três meses a um ano de prisão.
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