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Polícia

Metade dos paulistas vê desigualdade na violência policial e cita grupos mais afetados

Pesquisa da Badra Comunicação, divulgada com exclusividade pela Gazeta, revela percepção dos paulistas em relação à atuação da polícia no Estado

Bruno Hoffmann

28/02/2025 às 11:05  atualizado em 28/02/2025 às 11:13

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Atuação da polícia paulista foi avaliada de forma 'regular' por 52% da população

Atuação da polícia paulista foi avaliada de forma 'regular' por 52% da população | Divulgação/Polícia Militar

Metade da população do estado de São Paulo acredita que a violência policial impacta mais alguns grupos do que outros, em especial pessoas de baixa renda. Os dados são de uma pesquisa da Badra Comunicação, em parceria com a Gazeta, divulgada com exclusividade nesta sexta-feira (28/2).

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Essa opinião aparece com mais força (50% de “sim”) entre:

• moradores do litoral e do interior (54%)

• pessoas de cor preta/parda (54%)

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• pessoas mais jovens - a concordância com essa visão é maior entre os mais jovens e decresce conforme aumenta a idade: 16 a 24 anos (59%); 25 a 44 anos (53%); 45 a 59 anos (47%); e 60 anos ou mais (45%).

Os entrevistados que acham que a violência policial afeta mais algumas pessoas do que outras, consideram que as maiores vítimas são:

• pessoas de baixa renda e vulneráveis (41%): baixa renda, pobres, carentes, pouca escolaridade, marginalizados, moradores de rua;

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• negros (36%); nesse caso o percentual sobe para 44% entre pessoas com ensino superior; para 40% entre pessoas de cor preta/parda; para 39% entre mulheres;

• pessoas que vivem em áreas periféricas (12%): pessoas que moram em comunidades ou na periferia

• pessoas jovens (4%)

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Dados da pesquisa

A pesquisa que revela uma série de dados sobre a percepção dos paulistas sobre a atuação das polícias foi realizada presencialmente entre os dias 10 e 15 de fevereiro de 2025 e envolveu 1.501 moradores paulistas da região metropolitana da Grande São Paulo, do litoral e do interior.

A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

Abordagem respeitosa

Entre os paulistas que já foram abordados ou presenciaram a abordagem de outra pessoa pela polícia, 59% consideram que a atuação dos agentes foi respeitosa. O percentual sobe entre os homens (63%) e entre pessoas de cor branca (63%).

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A renda e a escolaridade também influenciam nessa visão: 76% das pessoas com renda familiar acima de R$ 5 mil consideraram que a abordagem da polícia foi respeitosa, assim como as com ensino superior, com 63%.

Só 16% considerada a polícia paulista ineficiente

A atuação da polícia paulista foi avaliada de forma “regular” por 52% da população. Já 31% considera “muito eficiente/eficiente”

Apenas 16% a classifica como “ineficiente/muito ineficiente”.

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A atuação da polícia é mais bem avaliada por:

• pessoas com renda familiar acima de R$ 5.000 (43%)

• pessoas com 60 anos ou mais (38%)

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• pessoas com ensino fundamental (38%)

• homens (36%)

• pessoas de cor branca (36%)

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• moradores do litoral / interior (33%)

Por outro lado, a atuação da polícia é mais mal avaliada por:

• pessoas de cor preta/parda (21%)

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• pessoas com ensino fundamental (20%)

• pessoas com idade entre 45 e 59 anos (18%)

Segurança da população

Em São Paulo, 76% dos entrevistados expressam confiança no trabalho da polícia para garantir a segurança da população, sendo que 35% afirmam “confiar muito” e 41% “confiar pouco”.

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Apenas 23% indicam “não confiar” na instituição para garantir a segurança da população.

Há um nível de confiança maior no trabalho da polícia para garantir a segurança da população (35% “confiam muito” no Estado) entre:

• pessoas com renda familiar acima de R$ 5 mil (47%)

• pessoas com 60 anos ou mais (42%)

• pessoas de cor branca (40%)

• pessoas com ensino superior (39%)

• homens (39%)

• moradores do litoral e do interior (37%)

Sentimentos diante da abordagem policial

Quando questionados sobre como se sentiriam em caso de abordagem policial, 63% afirmam se sentir seguros, entre os quais 37% se consideram “completamente seguros” e 26% “relativamente seguros, mas com algumas preocupações”.

Por outro lado, 36% dos entrevistados indicam se sentir “inseguros e desconfortáveis” (28%) ou “muito inseguros e com medo” (9%).

As pessoas que se mais se sentiriam “completamente seguras” ou “relativamente seguras, mas com algumas preocupações” no estado de São Paulo são:

• pessoas com renda familiar acima de R$ 5.000 (77%)

• pessoas com 60 anos ou mais (67%)

• pessoas com ensino fundamental (66%)

• moradores do litoral e do interior (65%)

• pessoas de cor branca (65%)

Já entre as pessoas de cor preta/parda, o percentual de insegurança fica em 39%, sendo “inseguro e desconfortável” (30%) e “muito inseguro” (9%).

Uso de força excessiva

Quando questionados sobre o uso de força excessiva pela polícia em abordagens, 12% dos entrevistados afirmam que isso ocorre “sempre” e 63% acreditam que acontece “às vezes”.

Por outro lado, 13% consideram que a força excessiva ocorre “quase nunca” e 10% afirmam que “nunca” ocorre.

As pessoas que mais consideram que a polícia utiliza força excessiva (76% “sempre/às vezes”) são:

• pessoas com idade entre 16 e 24 anos (86%)

• pessoas com ensino fundamental (81%)

• pessoas de cor preta/parda (81%)

• moradores da região metropolitana de São Paulo (80%)

• pessoas com renda familiar até R$ mil (80%)

• mulheres (79%)

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