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Polícia

'Aqui só tem eu, o Moreira e o demônio', diz GCM que executou secretário em Osasco

Henrique Marival de Souza atirou ao menos 10 vezes na cabeça do secretário-adjunto de Segurança da cidade, Adilson Custódio Moreira

Matheus Herbert

07/01/2025 às 15:30  atualizado em 07/01/2025 às 17:08

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Adilson Custódio Moreira trabalhou na Prefeitura de Osasco por oito anos

Adilson Custódio Moreira trabalhou na Prefeitura de Osasco por oito anos | Reprodução

Uma execução na sede da Prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, nesta segunda-feira (6/1), chocou o Estado. Um guarda civil municipal matou a tiros o secretário-adjunto de Segurança da cidade, Adilson Custódio Moreira. 

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O comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Erivan Gomes, disse que o guarda Henrique Marival de Souza passava por exame psicotécnico, como todo agente da corporação, a cada dois anos, mas teve um momento de desequilíbrio emocional. 

Em entrevista à GloboNews, o comandante disse que, antes da chegada do Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate), tentou mediar a situação.

O guarda Henrique Marival de Souza estava trancado do lado de dentro da sala de reuniões com o secretário-adjunto Adilson Custódio Moreira.

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“Num dado momento, conversando com ele, eu pedindo foto e vídeo [de dentro da sala], momento que ele disse: 'Aqui só tem eu, o Moreira e o demônio'. Infelizmente, ele disse isso num alto tom de voz, numa situação de desequilíbrio emocional”, disse o comandante. 

O GCM matou o secretário a tiros após reunião com uma equipe da GCM. Houve uma discussão entre o secretário-adjunto e Henrique Marival de Souza, que sacou a arma e fez ao menos 10 tiros contra o secretário

Mudanças na função 

Na corporação desde 2015, o guarda fazia serviços administrativos há cerca de um ano. Na reunião com o secretário-adjunto, ele tinha sido informado que voltaria a fazer serviço de rua.

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Com isso, o horário de trabalho dele também mudaria. Ele trabalhava de segunda a sexta das 8h às 17h e voltaria a fazer uma escala em que se trabalha 12 horas e folga 36 horas. A alteração seria imediata. Marival, de 46 anos, é casado e tem duas filhas.

Ocorrido

Houve uma discussão entre Adilson e Henrique sobre a alteração de escala, que envolveria mudança de local de trabalho. O GCM, então, sacou a arma e fez disparos contra o secretário-adjunto. 

O guarda ficou trancado por cerca de duas horas na Sala Oval. O Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate) negociou para que ele se entregasse. Por volta das 19h30, ele foi levado preso para a delegacia seccional de Osasco.

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Adilson Custódio Moreira trabalhou na Prefeitura de Osasco por oito anos. Ingressou no cargo durante a gestão do ex-prefeito Rogério Lins e foi mantido pelo novo gestor, Gerson Pessoa.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública lamentou a morte do secretário-adjunto de Segurança de Osasco.

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