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Tarcísio afirma que 'estava completamente errado' sobre uso de câmeras por policiais

Declaração vem após repercussão do vídeo que mostra policial militar ao jogar homem de uma ponte em São Paulo

Crisley Santana

05/12/2024 às 17:25  atualizado em 05/12/2024 às 19:20

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Tarcísio de Freitas (Republicanos) destaca que o governo está investindo na ampliação do uso das câmeras corporais

Tarcísio de Freitas (Republicanos) destaca que o governo está investindo na ampliação do uso das câmeras corporais | Francisco Cepeda/Governo do Estado

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou em evento nesta quinta-feira (5/12) que estava equivocado ao criticar o uso de câmeras corporais pela Polícia Militar. 

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Em sua fala, admitiu o erro e afirmou a importância dos dispositivos para prevenir abusos e garantir a proteção da sociedade e dos agentes de segurança.

A declaração veio após a repercussão de um vídeo em que um policial militar foi filmado ao jogar um homem de uma ponte, na zona sul de São Paulo.

O episódio gerou uma nova onda de críticas à gestão da segurança pública no Estado, que viu aumentar casos de violência policial.

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“Admito que estava completamente errado. Eu me equivoquei e, sem problema nenhum, digo aqui que minha visão sobre as câmeras era equivocada”, afirmou o governador.

“Hoje, entendo que esses equipamentos são essenciais para proteger a sociedade e também os policiais, evitando excessos e garantindo segurança jurídica para os profissionais no combate ao crime”, disse.

Há poucas semanas, o governador também precisou se manifestar sobre um estudante morto por PM, também na zona sul de São Paulo.

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Ampliação do uso de câmeras

Tarcísio destacou que o governo está investindo na ampliação do uso das câmeras corporais. Atualmente, a PM de São Paulo conta com pouco mais de 10 mil equipamentos.

Um contrato para a aquisição de 12 mil novos dispositivos foi firmado recentemente, e a expectativa é de que esse número cresça.

Apesar do avanço, o governador informou que novos modelos de câmeras, que permitem acionamento manual ou remoto pelo Centro de Operações da PM (Copom), passarão por uma fase de testes a partir da próxima quarta-feira (10/12).

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Segundo ele, o contrato com a fornecedora atual será renovado enquanto o governo avalia a nova tecnologia.

“Não vamos substituir os equipamentos sem ter certeza de que as novas câmeras atendem aos requisitos necessários. Essa transição só ocorrerá quando nos sentirmos seguros em relação à eficácia dos novos dispositivos”, disse Tarcísio.

STF pede explicação

O governador também abordou a origem de sua visão anterior, associando-a à sua experiência no Exército, onde serviu como oficial e participou de missões de paz da ONU no Haiti.

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Ele afirmou, no entanto, que o contexto policial exige abordagens distintas, reafirmando a relevância das câmeras para o trabalho da PM.

A compra dos novos modelos de câmeras é alvo de questionamentos na Justiça. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, solicitou que o governo paulista forneça documentos detalhando o processo de aquisição e o uso dos dispositivos.

A decisão veio após um pedido da Defensoria Pública de São Paulo, que apontou a necessidade de monitoramento mais rigoroso das ações policiais. Até o momento, o governo de São Paulo não havia respondido à solicitação do STF.

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