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Direto de Brasília

Zanin já é ministro, agora falta Rodrigo Pacheco

O senador Davi Alcolumbre, que ajudou a conquistar votos para o ex-advogado de Lula, vai correr atrás da vaga da ministra Rosa Weber, que se aposenta em outubro, para o presidente do senado

Maria Eduarda Guimarães

16/06/2023 às 15:55  atualizado em 16/06/2023 às 15:58

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) | Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em busca de cargos tidos como estratégicos por várias bancadas, como os que estão ainda vagos no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Secretaria de Patrimônio da União (SPU), o senador Davi Alcolumbre (União-AP) tem um objetivo ainda mais auspicioso. Fazer também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Depois de ter prometido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que conquistaria os votos dos senadores para Cristiano Zanin, e com o desempenho e desenvoltura do ex-advogado de Lula com praticamente todas as legendas e bancadas da Casa, ninguém mais tem dúvida, o apadrinhamento de Alcolumbre foi eficiente, certamente o nome dele será aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima quarta-feira (21). E aí, o senador amapaense, que é presidente da CCJ, vai correr atrás da vaga da ministra Rosa Weber, que se aposenta em outubro, para dá-la de presente para o amigo, e quem sabe, se tudo der certo, Pacheco terá que renunciar ao cargo, e Alcolumbre fica com a possibilidade de retomar a presidência do Senado. Mas Lula tem que ficar esperto. Alcolumbre é conhecido por ser um insistente cobrador de faturas.

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Pega na mentira

Sem conseguir se explicar, o ex-militar, ex-dono de um centro de treinamento para SWAT, então senador, Marcos Do Val (Podemos-ES), pode agora pensar em se candidatar a jornalista. É que em entrevista a uma conceituada jornalista, ele tentou explicar o que seria persuasão, e que ele tinha usado uma técnica com a imprensa, para gerar o fato, mas que para a polícia, teria falado a verdade sobre a reunião que teve com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com o ex-deputado Daniel Silveira, para tratar de um “plano de golpe”, segundo ele. Levou um passa fora que, sinceramente, nem dá para entender como não ruborizou. E deve ser por isso que entrevistas passadas ele não sabia dizer se a reunião tinha sido no Palácio do Alvorada, ou na Granja do Torto.

Tranquilo com sua trajetória

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Tanto que vai dar uma festa para contar a história e lançar o livro que conta seus feitos nos quatro primeiros anos de mandato no Senado Federal. O evento do senador Marcos Do Val, para aliados e amigos, vai acontecer um dia depois de ser alvo da operação da Polícia Federal (PF). Na ocasião também comemorará seus 52 anos. Pena que os seus seguidores não poderão acompanhar a festa, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou o bloqueio dos perfis de Do Val nas redes sociais. Twitter, Facebook e Instagram derrubaram as contas do senador entre 17h e 18h. Ao todo, Do Val tinha mais de 900 mil seguidores, e mais de 3,5 milhões de curtidas nas redes da Meta.

15 segundos

O bordão mais ouvido durante a CPI da Pandemia parece ter chegado ao STF, “15 segundos”. E a enfermagem vai ter que esperar um pouco mais para ver a cor do dinheiro que busca por meio do piso da categoria. Mesmo com a retomada do julgamento, a partir das considerações dos ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, o ministro Dias Toffoli pediu vista, e o Supremo teve que suspender mais uma vez o julgamento. E mal a discussão havia começado, foi questão de minutos que Toffoli levou para fazer o pedido. Havia sido determinado, por entendimento entre Barroso e Mendes, que o pagamento do teto deveria ser liberado, mas que a lei precisava contemplar mecanismos para o custeio dos gastos.

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Créditos tributários ilegais

Foi o que detectou a investigação da Receita Federal do Distrito Federal, em Brasília, que empresas de seis estados são suspeitas de sonegar R$ 160 milhões em impostos. Há empresas do estado de São Paulo. Estão arrolados na investigação contadores, advogados e 23 empresas, que foram categorizadas como empresas autuadas, empresas operadoras, e empresas beneficiárias por fazer transporte de mercadoria sem registro fiscal, e assim evitar o pagamento do Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O inquérito também mostra que pessoas físicas de outros estados estavam fornecendo mercadorias para as empresas investigadas, queriam que créditos de ICMS não fossem gerados.

Não compartilho, não!

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É o que o pessoal está dizendo pelos corredores do Congresso sobre o compartilhamento de dados do STF com a CPMI dos Atos Golpistas de 8 de janeiro. A justificativa é simples, não tem como permitir que investigados como Marcos Do Val e André Fernandes tenham acesso às investigações do colegiado. A dedução é a de que não dá para entregar o doce na boca da criança, porque ela não vai só comer, como vai se lambuzar; ou seja, terão acesso às informações referentes às suas investigações, podendo ter mais argumentos na fundamentação de suas defesas, e poderão compartilhar as informações de investigações de outros aliados. Era de se esperar que, mesmo que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) já tenha compartilhado algumas informações, a alta corte não cairia nessa conversa. Resta à CPMI criar um jeito para que investigados não participem da Comissão, ou então, terá que investigar sem os dados do Supremo.

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