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Direto de Brasília

Polícia Federal revela que pai e filho atuavam juntos

Transações oclusas do tenente-coronel Mauro Cid parecem ser negócios de família

11/08/2023 às 18:05  atualizado em 11/08/2023 às 18:29

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Defesa desesperada do filho ou autodefesa? É o questionamento em Brasília sobre Mauro Cid, o pai

Defesa desesperada do filho ou autodefesa? É o questionamento em Brasília sobre Mauro Cid, o pai | Lula Marques/EBC

Agora é de conhecimento público. As transações oclusas do tenente-coronel Mauro Cid parecem ser negócios de família. E mesmo que queira negar, fica complicado tendo em vista que o rosto do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de Ordens, refletido em um dos objetos relacionados pela Polícia Federal (PF) que foram alvo de compra e venda pelos "Cid's", durante o governo do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro. Em sua maioria, presentes sauditas. O episódio mostra uma "família" muito unida, que inclusive agrega velhos e conhecidos nomes, como o de Frederick Wassef. O advogado e atual assessor do ex-presidente, Fábio Weingarten, também está arrolado, além de um outro ex-ajudante de Ordens da presidência Osmar Crivelatti, que esconderia os bens, públicos, em um galpão de uma fazenda do ex-corredor de Fórmula 1, o empresário Nelson Piquet. Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) também estão comprometidos no inquérito que ultrapassa valores de R$ 1 milhão.

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Segundo o inquérito da PF, os presentes de delegações estrangeiras para Bolsonaro, eram selecionados pelo ex-ajudante de Ordens, Mauro Cid (o filho) para serem embarcados para Miami. Enquanto não embarcavam, elas ficavam "guardadas" no galpão da fazenda de Piquet, Crivelatti as levava. O general Mauro Lourena Cid (o pai), negociava e fazia as tratativas da venda das jóias. Também emprestava suas contas bancárias para negociações. Quando havia alguma suspeição, Wassef entrava em cena para recomprar os presentes. A trupe está sendo considerada Organização Criminosa pela Polícia Federal. Um dia "bomba" para o Exército Brasileiro.

Reflexos da verdade

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Fica uma sugestão para o general Mauro Lourena Cid, para o caso de uma cela de prisão vir a ser o seu próximo destino, um curso de fotografia. É que ao negociar um dos presentes arrolados no Inquérito da PF, ele deixa nítido na fotografia da peça o seu próprio reflexo, no ato do registro. O pai do ex-ajudante de Ordens, colega de turma do ex-presidente na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), cometeu outras tantas falhas ao longo do processo. Áudios revelam que o ex-chefe do escritório brasileiro da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex) tinha medo de repassar valores para Bolsonaro pelas vias bancárias. Ah palmeirinha…

"Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido"

A passagem bíblica de Lucas capítulo 12, versículo 12, é quem batiza as 105 páginas do Inquérito 4.874 da Polícia Federal que trata do esquema de venda ilegal de presentes oficiais, uma organização criminosa. São águas em ebulição para o Exército e para a "família" Bolsonaro. O ex-presidente e a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, são citados diversas vezes em praticamente todos os atos investigados. Além de assessores. O nome da Apex também está comprometido, uma vez que o general Mauro Cid exercia o cargo na Agência por nomeação do ex-presidente. A pergunta que não quer calar em Brasília é como os meninos cinquentenários de Bolsonaro vão se safar dessa trama das arábias.

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Onde está o dinheiro?

Numa semana em que se falou tanto em dinheiro passeando para lá e pra cá, e em Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Ministério da Justiça envolvidos em esquemas de bloqueios de estradas para impedir a votação de eleitores na Região Nordeste, comprometendo ainda mais Silvinei Vasques, ex-diretor geral da PRF, e Anderson Torres, ex-ministro e ex-secretário da Segurança Pública do DF, quem vai ter que correr atrás do dinheiro é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É que hoje, no Rio de Janeiro, foi lançado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é de notório conhecimento de que faltam recursos para tocar as obras.


Carta de Belém

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Muitos estão frustrados com os desfechos da Cúpula da Amazônia, evento preparatório para a Conferência das Partes sobre o Clima (COP-30), ocorrida em Belém, Pará, na terça e quarta-feira desta semana. E lembram das broncas que Lula recebeu de dois dos presidentes amazônicos que discursaram nos eventos, o da Colômbia e da Bolívia, pela insistência na exploração de petróleo da foz do rio Amazonas. É o copo meio vazio. Outros, entretanto, e entre eles está o governo, preferem olhar para o copo meio cheio e comemorar algo que foi considerado o grande sucesso de todo o evento: a participação da sociedade civil. Principalmente no evento "Diálogos Amazônicos", rodas de conversas que precederam a Cúpula. O consenso é que há muito trabalho a ser feito e que é necessário cobrar os países desenvolvidos pelos recursos prometidos desde 2019.
 

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