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Cotidiano
Apesar de ser a origem da cidade de São Paulo, o Pátio do Colégio não é a construção mais antiga do município
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A história do Pátio do Colégio, no centro da capital paulista, começa no mesmo ano da origem da cidade de São Paulo | /Dario Oliveira/Futura Press/Folhapress
O Pátio do Colégio, localizado no centro da capital paulista, atrai milhares de turistas todos os anos por ser o local onde se originou, em 1554, a cidade de São Paulo. Entretanto, esta não é a construção mais antiga do município, visto que o prédio atual é uma réplica do erguido no século 16.
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Assim como a história de São Paulo, a história do Pátio do Colégio começa em 1553, quando o Padre Manuel da Nóbrega decidiu subir a Serra do Mar em direção ao planalto de Piratininga para catequizar os indígenas que viviam ali. Chegaram ao local em 1554, quando construíram a primeira escola da vila, o Real Colégio Piratininga de São Paulo, com a técnica de pau a pique. Ao lado do colégio, em 1556, também foi instalada pelos jesuítas uma igreja.
Uma briga entre os colonos e os jesuítas, que defendiam a liberdade dos indígenas, levou à expulsão dos religiosos de São Paulo, no ano de 1640. Eles voltariam 13 anos depois, quando tiveram que reconstruir a igreja, que havia se deteriorado.
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Novos tempos
Entre 1653 e 1759, os jesuítas construíram vários anexos ao prédio principal do colégio além de uma cripta na igreja da instituição. No ano de 1759, contudo, os jesuítas são expulsos novamente. Dessa vez, de todas as colônias portuguesas pelo Marquês de Pombal.
Os bens dos religiosos foram confiscados e o colégio passou a abrigar o Palácio dos Governadores. No período, que durou até 1912, o prédio passou por diversas modificações, a mais impactante delas ocorreu em 1881, quando o engenheiro francês Eusébio Stevaux, contratado pelo governo de Florêncio de Abreu, promoveu reformas adotando o estilo europeu, se afastando do estilo original da construção, o colonial.
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As reformas, contudo, não se estendiam à igreja, que acabou desabando, após fortes chuvas, no ano de 1896. A reconstrução ficou a cargo de Ramos de Azevedo, que eliminou os resquícios de construção colonial existentes.
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No ano de 1912, o prédio do Pátio do Colégio passou a ser o local de despachos e recepções do governo. Vinte anos depois, foi convertido na sede da Secretaria de Educação e Saúde Pública. Em 1953, o local foi devolvido aos jesuítas.
Mais mudanças.
A volta dos jesuítas obrigou o prédio a passar por mais mudanças. Por conta das más condições de uso, os religiosos resolveram demolir o local e reconstruí-lo com base em pinturas e fotografias.
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A reconstrução acabou gerando muita polêmica, visto que alguns estudiosos alegavam que uma réplica não poderia ter o mesmo valor histórico do original. A reclamação, porém, não surtiu efeito e a construção perdurou por 25 anos, finalizando em 1979.
Durante a reconstrução, uma parede de taipa de pilão de 1585 foi descoberta e se encontra em exposição no complexo do Pátio do Colégio, que abriga o Museu Anchieta, o auditório Manoel da Nóbrega, a Igreja Beato José de Anchieta, que possui o fêmur do religioso, uma biblioteca, a Cripta Tibiriçá, o Café do Pátio, entre outros.
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