Infestação de escorpião no Brasil

Ataques de escorpião ocorrem com maior frequência nos estados de São Paulo e Minas Gerais, mas Mato Grosso teve índice anormal de acidentes neste último ano, especialmente nos meses chuvosos, fator que desaloja escorpiões das redes de esgoto e seus esconderijos como entulhos, terrenos baldios, etc. Escorpiões gostam de lugares úmidos e escuros, se alimentam principalmente de insetos e invertebrados.

Os acidentes são mais frequentes na primavera e verão devido ao período de reprodução. A fêmea é vivípara, os filhotes se desenvolvem dentro da mãe, e a maioria deles se reproduz assexuadamente por partenogênese (os óvulos se desenvolvem para embriões sem a necessidade da fecundação feita pelo macho). São considerados peçonhentos, possuem veneno e podem inoculá-lo através do seu ferrão.

Existem cerca de 2200 espécies de escorpiões, sendo 160 no Brasil. O Ministério da Saúde informou que ocorreram em torno de 600 ataques de escorpião em 2021, muitos com vítimas fatais. Reconhece-se o problema desde 2009 e o relaciona com o crescimento das cidades, pelo aumento do lixo e entulhos, favorecendo a proliferação de baratas que é um dos principais alimentos do escorpião.

Eles têm como inimigo natural as aves, especialmente as galinhas da Angola, répteis, anfíbios e algumas espécies de aranhas. O Instituto Butantã fabrica o soro antiescorpiônico para tratamento que deve ser usado em pessoas com sintomas de sudorese, agitação, náuseas, vômito, falta de ar e dor aguda, portanto em caso de acidentes a vítima deve ser levada imediatamente para uma unidade de saúde próxima.

Dedetizar o ambiente não inibe a presença e proliferação dos escorpiões, não mata, apenas induz a irritação deles. Algumas medidas profiláticas devem ser adotadas: limpar terrenos baldios próximos a sua casa; colocar telas de proteção em ralos; evitar acúmulo de lixo; cautela na manipulação de lixo, entulho e material de construção; examinar roupas e calçados antes de vestir.