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Opinião

Governo das tensões e provocações

18/05/2019 às 01:00

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Eleito com 57,8 milhões de votos com a promessa de promover uma grande mudança na política e economia do País, Jair Bolsonaro (PSL) tem acumulado polêmicas e derrotas em apenas cinco meses de governo.

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Sua popularidade vem caindo a cada dia e essa semana ele enfrentou o primeiro grande protesto nas ruas após o anúncio da redução da verba para a Educação. É certo que com o avanço da crise econômica, do desemprego e da alta na inflação, não há outro caminho possível e imediato a não ser o cortes de gastos.

No entanto, se o arrocho nas contas é um caminho sem volta, a maneira como os porta-vozes do governo fazem o anúncio causa consequências também irreversíveis. Quando o ministro da Educação, Abraham Weintraub, usa como justificativa para os cortes o que ele denominou de balbúrdia em três universidades federais, ou quando levou chocolates a uma "live" para exemplificar os 30% que tiraria de verba dessas entidades, demonstra no mínimo um grande despreparo e um profundo desrespeito com os brasileiros.

Em outras ocasiões, vimos Bolsonaro tentando apaziguar os ânimos com sua fala de "isso já é página virada", como no início da crise com o vice-presidente Hamilton Mourão e seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro. Mas, desta vez, o próprio presidente acirrou os ânimos com sua fala, diretamente de solo americano, onde classificou os manifestantes de "idiotas úteis". Um prato cheio para a oposição em um momento em que o governo busca apoio no Congresso para aprovar a reforma da Previdência. Soma-se a esse cenário a resistência de Bolsonaro em fazer o jogo que ele classifica como a "velha política" e culminamos em uma crise política,em que dificilmente o governo consegue encaminhar projetos para aprovar medidas urgentes para recuperar a economia do País. Sem o apoio dos parlamentares, Bolsonaro resolveu baixar um decreto para agradar seu apoiadores e eleitores. Cumprindo promessa de campanha, flexibilizou ainda mais o porte de armas no Brasil. Sem o conhecimento e amparo técnico, a medida foi questionada e deve ser suspensa a pedido do Ministério Público Federal. As armas que os brasileiros têm usado para fazer valer seus direitos e reivindicar seus interesses têm sido as manifestações, que desde 2013 tomaram grandes proporções e foram determinantes para o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O que se espera de um chefe de Estado é que ele tome medidas que representem os interesses de todos e saiba dialogar com diferentes setores da sociedade. Não temos visto o diálogo, mas sim frases feitas e provocações que só servem para criar mais tensões que não resolvem os problemas do País.

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