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Direto de Brasília

Fernando Haddad se esquivou e foi o personagem da semana em Brasília

Ministro se irrita e tenta se esquivar de perguntas sobre déficit para 2024

Bruno Hoffmann

04/11/2023 às 12:42  atualizado em 04/11/2023 às 12:46

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad | Valter Campanato/Agência Brasil

Fernando Haddad participou de apresentação de novos secretários do Banco Central, de reuniões diárias com o presidente da República e realizou trabalhos intensos pela Reforma Tributária em pleno feriado (1/11). Isso não foi suficiente para a opinião pública tirar os olhos sobre a questão do texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado ao Congresso Nacional. Nele está previsto déficit zero para a meta fiscal de 2024. Nas entrevistas concedidas ao longo da semana, mesmo negando, o ministro da Fazenda mostrou irritação. Sobre os novos nomes que ocuparão o Banco Central, Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira, Haddad pediu a eles para não conceder entrevistas até serem sabatinados e, aprovados ou não, pelo Senado Federal. Já sobre a Reforma Tributária, o ministro da Fazenda, depois de reunião entre a equipe econômica do governo e lideranças do Senado, afirmou que as exceções incluídas no texto devem elevar o Imposto de Valor Agregado (IVA) de 27 para 27,5%. “Todo mundo tem que saber dos efeitos”, precificou Haddad, objetivando manter a transparência. 

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Otimista

Foi como saiu o senador Eduardo Braga (relator) da reunião com lideranças do Senado e a equipe econômica do governo, mesmo diante das novas exceções previstas pelo Senado no texto do relatório apresentado na semana anterior (25/10). Essas exceções serão as responsáveis pela elevação do IVA. Segundo especialistas em finanças, o novo imposto pode chegar a 28%, o que faria o IVA brasileiro ser o maior do planeta.

Repatriação 

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O não resgate dos 34 brasileiros que estão na Faixa de Gaza tem ofuscado a missão bem sucedida do Ministério das Relações Exteriores (MRE) que já resgatou e repatriou 1410 pessoas, entre brasileiros, palestinos com dupla nacionalidade e outros sul americanos. Já saíram três listas nesta semana, e o órgão não conseguiu incluir o grupo que está nas cidades Rafah e Khan Yunis, apesar de ter uma equipe de prontidão em terra na fronteira do Egito com socorristas e ônibus para transporte até o aeroporto de Cairo. No local se encontra uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) deslocada especialmente para o atendimento a estas pessoas.

Mensagem suspensa

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal suspendeu a mensagem que seria enviada ao Palácio do Planalto, em que apenas o nome de Daniela Teixeira era constava das aprovações para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele pediu investigações à Advocacia Geral da União (AGU). Segundo o senador, Daniela Teixeira pode ter sido favorecida, mesmo com os três nomes indicados por Lula terem sido aprovados. É uma questão de antiguidade.

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Polarização e as eleições 2024

Há um ano do pleito que elegerá prefeitos e vereadores, a disputa entre Lula e o ex-presidente da República aumenta. Repetindo o que aconteceu em 2022, nas eleições majoritárias (Planalto, Senado e Câmara dos Deputados). Nas principais capitais do Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife, ela já está nítida. Em São Paulo, Lula apoia o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para o comando da máquina municipal do estado. Enquanto o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), apoia o nome de Ricardo Nunes (MDB-SP) para a reeleição.

Balanço da semana e déficit fiscal 

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Nesta sexta-feira (3), Lula se reúne com a sua equipe ministerial de infraestrutura para fazer um balanço dos últimos trabalhos, mas também para falar do déficit da meta fiscal. O presidente da República não quer pisar no freio no que se refere aos investimentos, o que interfere diretamente nas contas do governo em 2024. É que tem a questão do custo das obras que precisam ser retomadas ou iniciadas, e a previsão de quais seriam precisa constar da LDO. E como aliados do governo não admitem aumento de impostos, o déficit zero parece estar ficando cada vez mais longe.

Manutenção de esforços 

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), saiu da reunião de coalizão do governo, ocorrida na última terça-feira (31), afirmando que o governo vai lutar para que o texto da LDO enviado ao Congresso seja aprovado como está, com déficit zero. Na contramão, outras lideranças do governo já admitem o envio de um novo texto, em que a previsão da LDO para o déficit ficaria em meio ponto percentual. No início do ano, a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), já havia sido contrária ao déficit zero, alegando que são os mais ricos que têm que pagar impostos, e não os mais pobres. Mas preferiu não bater de frente com Fernando Haddad. Os mercados estão com os radares ligados.

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