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Eleições 2022: A decadência do homem branco

Motivados pelo rancor, representam o último reduto balbuciante que busca a todo custo manter o presente chefe do executivo no poder

Maria Eduarda Guimarães

08/08/2022 às 12:50  atualizado em 08/08/2022 às 13:34

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Jair Bolsonaro (PL)

Jair Bolsonaro (PL) | Pedro Ladeira/Folhapress

Caso Luiz Inácio Lula da Silva seja consagrado em 02 de outubro, o 39º Presidente do Brasil desde a proclamação da República em novembro de 1889, terá realizado o feito extraordinário de derrotar a maior máquina de desinformação política da história contemporânea de nosso país.

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Essa vitória será creditada essencialmente ao protagonismo vanguardista de mulheres e jovens, como também da maioria de gente preta e parda, cidadãos que possuem um memorial gigantesco na luta pela construção de corpo social humano e igualitário, voltado principalmente ao fortalecimento e universalização dos direitos civis.

Esse redirecionamento no eixo factual ganhou contornos mediante a dinâmica que se desenrola há pelo menos oitenta anos e detém como marca a constante perda da prevalência no ambiente educacional sofisticado, outrora ocupado por homens caucasianos de classe média. Tal circunstância comprometeu a capacidade de produzir conhecimento, cultura ou até mesmo ditar tendências civilizatórias, uma vez que a formação erudita do homem branco que advinda da leitura de clássicos foi paulatinamente substituída por referências oriundas da comunicação de massa, baseadas em abordagens sensacionalistas e corriqueiras.

Como consequência, esse fenômeno gerou a decorrente alteração de seus signos linguísticos em expressões rudimentares, limitadoras da aptidão de orientar o próprio pensamento por meio de ideias estruturadas e complexas. Além disso, no campo das experiências subjetivas foram incorporados sintomas de transtorno de personalidade emocionalmente instável, caracterizados por crises de raiva, medo de abandono, sensação crônica de vazio e impulsividade.

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Nesse momento, tais indivíduos economicamente empobrecidos, depauperados intelectualmente e motivados pelo sentimento latente de rancor, representam o último reduto balbuciante que busca a todo o custo manter o presente chefe do executivo nacional sentado na cadeira empoderada.

Todavia, as probabilidades de comportamento paranoico, após o anúncio oficial da derrota eleitoral de Messias, possivelmente potencializarão o surgimento de conduta esquizofrênica inclinada à prática de atos beligerantes com o objetivo de tentar salvar o arquétipo mitificado.

Como triste sina, o homem branco de classe média sofrerá doravante a maldição da irrelevância na edificação do Brasil do futuro, em função da incapacidade de proporcionar contribuições efetivas na estruturação de um modelo de coletividade que seja alicerçado na solidariedade, empatia e equilíbrio. E quando as narrativas explosivas do bate, arrebenta, mata, destrói e prende forem superadas por uma sociedade que nega os instintos primitivos como força propulsora da práxis pública, praticamente haverão terminado os vestígios de alcance da militância reacionária da classe média branca

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 “A triste verdade é que a vida do homem consiste de um complexo de fatores antagônicos inexoráveis: o dia e a noite, o nascimento e a morte, a felicidade e o sofrimento, o bem e o mal. Não nos resta nem a certeza de que um dia um desses fatores vai prevalecer sobre o outro, que o bem vai se transformar em mal, ou que a alegria há de derrotar a dor. A vida é uma batalha, sempre foi e sempre será”. (Carl G. Jung).

Igualmente não omitirei a iluminação recebida para versar a respeito desse tema, que chegou por intermédio da inspiração de meu amigo Paulo Garcia, morador da amada Mairiporã, na ocasião em que rememorou São Tomás de Aquino proferindo: “... o mal não tem perfeição nem ser. O mal só pode significar a ausência do bem e do ser; pois o ser, enquanto ser é um bem. Por essa razão, o mal representa algo puramente negativo, ou melhor, não é nem essência nem realidade”.

Portanto, o insucesso da iniquidade deve ser compreendido como um imperativo axiológico.

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Nilton Cesar Tristão, Cientista Político

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