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Direto de Brasília

Carla Zambelli: Investigações apertam no entorno bolsonarista

Deputada disse que contratou o hacker de Araraquara para cuidar de seu site e redes sociais

Maria Eduarda Guimarães

04/08/2023 às 14:08  atualizado em 04/08/2023 às 14:36

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Zambelli tentando se justificar sobre as denúncias de Delgatti, em coletiva

Zambelli tentando se justificar sobre as denúncias de Delgatti, em coletiva | Lula Marques/EBC

As conversas entre a deputada federal, Carla Zambelli (PL-SP), com o hacker da "vaza a jato", Walter Delgatti Neto, tomaram um rumo bem inesperado pela bolsonarista. Primeiro porque o real objetivo dela não foi alcançado. Delgatti não conseguiu fraudar, nem provar a possibilidade de o sistema de urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ser fraudado. Depois, porque todas as visitas que Zambelli levou Delgatti para fazer foram confirmadas por seus anfitriões, Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, e o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL). Esta, no Palácio da Alvorada, foi ainda flagrada pela imprensa e não constava da agenda do presidente, que deve ser pública. A deputada convocou uma coletiva de imprensa que nada explicou. Disse que contratou o hacker de Araraquara para cuidar de seu site e redes sociais

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Jogada à beira do caminho

A avaliação dos próprios pares de Zambelli é que ela deve ter seu mandato cassado. As delações de Delgatti são fortes e estruturadas. Sem contar a denúncia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a invasão ao sistema de mandatos de prisão e soltura do órgão, realizada em setembro do ano passado. A denúncia foi anexada às ações do TSE contra Jair Bolsonaro. Sem contar que o relator da representação contra ela no Conselho de Ética da Câmara, deputado João Leão (PP-BA), aceitou a admissibilidade da denúncia do PSB. Também não se viu mobilização nas redes sociais bolsonaristas, a uma das mais fiéis escudeiras do ex-capitão.

Solução de 1 milhão de dólares

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Como não conseguia atender aos anseios da deputada, o ex-hacker de Araraquara, ofereceu uma solução que, segundo ele, resolveria o problema dos bolsonaristas. Provar que o sistema do TSE não era seguro. A ideia foi a de invadir o sistema do CNJ para inserir um mandato de prisão, emitido pelo ministro Alexandre de Moraes contra o próprio Alexandre de Moraes e mostrar as fragilidades do Judiciário no âmbito virtual. Segundo Delgatti, Zambelli se animou com o plano, redigiu o texto e enviou. Havia erros de português e um "faz o L" no final, que ele corrigiu e subtraiu. Mas parece que o plano não deu certo, não é? Delgatti está preso.

E falando em milhões

São histórias milionárias que estão cada vez mais enrolando o tenente-coronel Mauro Cid. Estouram mais denúncias contra o ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República, Bolsonaro. Preso pelo caso da falsificação dos cartões de vacina, a polícia ainda investiga o caso dos diamantes sauditas. Nesta semana, mais casos envolvendo jóias foram deflagradas. Uma sobre o recebimento de jóias preciosas em um evento de campanha em Minas Gerais, que envolve outros servidores da ajudância de ordens. Também apareceu uma negociação de um relógio de luxo de viagem oficial. Complicado, não?

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Silêncio que fala alto

Nas posses da movimentada semana da Capital Federal, além dos empossados e convidados, uma ausência foi sentida como um recado. A de Geraldo Alckmin (PSD), atual vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), na posse do ministro do Turismo, Celso Sabino (PP-PA). Alckmin ligou para Sabino para se desculpar, afirmou que tinha uma agenda em São Paulo que não poderia ser cancelada. Mas ficou a sensação de que o vice-presidente não foi porque não está gostando dos rumores midiáticos sobre a minirreforma tributária que Lula posterga em fazer. O MDIC está no centro do furacão.
 

Caso antigo

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A velha rivalidade entre o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) ganhou um novo capítulo com a chegada do mês de agosto. É da lista sêxtupla da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Lira quer na lista um dos seus advogados trabalhistas, Adriano Costa Avelino. Renan, o nome do advogado Fernando Carlos Araújo Paiva. O nome de Avelino vem encontrando resistências na Ordem por causa de postagens que causaram polêmica nas redes sociais. Contudo, o prazo para a impugnação de nomes na lista se encerrou na última terça-feira (1). Renan tem se aproveitado da confusão para ressuscitar os outros capítulos da novela, que inclusive alcançam o caixa do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), um também aliado de Lira. A lista da OAB está com 28 nomes e deve chegar a seis, por isso lista sêxtupla, às mãos de quem vai bater o martelo sobre a vaga no Tribunal Superior do Trabalho (TST), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

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