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A incidência de disfunção erétil é maior nas pessoas mais idosas | Divulgação
O assunto é um verdadeiro tabu e pouco comentado entre os homens. A maioria diz que nunca teve esse problema, mas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população masculina economicamente ativa do Brasil com mais de 18 anos sofre de disfunção erétil, o que representa cerca de 15 milhões de homens.
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A verdade é que a disfunção erétil é um problema comum entre os homens e não tratar o tema com seriedade pode aumentar o estigma e prejudicar o tratamento, que dispõe de diversos recursos.
Apesar do grande contingente de pessoas afetadas, estima-se que apenas 10% procuram ajuda médica e, o que preocupa os médicos urologistas, é que os outros 90% deste total acabam recorrendo a remédios (como o Viagra e o Cialis) para resolver o problema, mesmo sem prescrição médica - o que traz diversos riscos à saúde.
“O principal risco é de estarem fazendo o tratamento inadequado, uma vez que o remédio não é a solução para todos os casos. Felizmente, a ocorrência de eventos graves é rara com estes medicamentos. A maioria das pessoas apresentaram efeitos adversos leves e passageiros. Aqui eu cito a dor de cabeça, o rubor e a mialgia (dores musculares). O sildenafila pode ocasionar alterações visuais. Pessoas com doença coronariana instável ou que usam medicamentos à base de nitrato podem apresentar infarto do miocárdio e morte súbita, portanto não devem usar o medicamento. O medicamento pode aumentar a chance de priapismo em sujeitos com propensão”, explica o médico urologista Heleno Diegues Paes.
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A incidência de disfunção erétil é maior nas pessoas mais idosas, portanto, sua principal utilidade é na faixa etária acima dos 50 anos. Entretanto, o medicamento pode ser usado de forma auxiliar em outras situações, onde há um componente psicogênico ou neurogênico determinando o mau resultado, sempre associado a outras terapias.
Cerca de 50% dos atendimentos que Heleno Paes faz são relacionados a problemas sexuais e, na maior parte das vezes, os pacientes que se automedicam o procuram porque o remédio não está fazendo o efeito esperado. “Poucos casos não toleram o uso devido à cefaléia e palpitações. Outros têm receio de usá-lo com medo de ficar viciado no remédio. Alguns têm receio de usá-los por medo de problemas cardíacos, apesar de estarem saudáveis”, diz o médico.
Diante de um cenário tão desafiador, Heleno afirma que os urologistas, dentro de todo o comércio de soluções sexuais milagrosas e não milagrosas, estão espremidos em um canto pequeno e é acionado na menor parte das vezes quando um homem tem um problema sexual.
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Na maioria das vezes, o indivíduo procurou alternativas por conta própria antes de consultar o médico. “Os exemplos são os mais diversos: fitoterápicos, cremes que prometem aumentar o pênis, fórmulas secretas que curam impotência, remédios importados clandestinamente de outros países, uso de testosterona adquirido em academias, além da própria automedicação do Viagra e Cialis. O urologista entra como o único profissional capaz de entregar conhecimento científico e com resultado comprovado para os problemas sexuais. O desafio é educar as pessoas a procurarem o profissional certo”.
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