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Cotidiano

Relembre a história de Nikolas Cruz, autor do massacre de Parkland

Ex-aluno pegou prisão perpétua nesta quinta por abrir fogo em escola matando 17 pessoas em 2018; sobreviventes cometeram suicídio

13/10/2022 às 14:16  atualizado em 13/10/2022 às 15:23

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O júri chegou a considerar pela pena de morte como condenação

O júri chegou a considerar pela pena de morte como condenação | Reprodução/youtube e SHERIFF'S OFFICE

Em fevereiro de 2018, a cidade de Parkland, na Flórida, EUA, testemunhou um dia de terror quando Nikolas Cruz, um jovem de 19 anos, executou um dos maiores massacres em escolas da história do País, tirando a vida de 17 pessoas. Nesta quinta-feira (13), quase cinco anos depois, o julgamento do crime parece caminhar para um desfecho com o anúncio da condenação de prisão perpétua ao ex-aluno da Stoneman Douglas High School.

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O júri chegou a considerar a condenação de Nikilas à pena de morte. No entanto, pelo menos um ou mais dos 12 jurados considerou que a prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional, seria uma condenação melhor do que a pena de morte. A deliberação sobre a decisão começou na quarta-feira, sendo continuada nesta quinta.

O massacre de Parkland

Em um dia regular de aulas, o ex-aluno da Stoneman Douglas High School, Nikolas Cruz, invadiu a instituição armado com um rifle AR-15 e começou a disparar contra estudantes e professores. Além das 17 vítimas fatais, o assassino em série deixou outras 14 pessoas feridas.

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Era 14 de fevereiro, o Dia de São Valentim, o que corresponde ao Dia dos Namorados no Brasil. Nikolas chegou por meio de um carro por aplicativo na escola com o rifle semi-automático escondido na mochila e, em menos de 9 minutos, executou um dos dez maiores massacres a arma dos Estados Unidos, segundo levantamento da "CNN".

Assassino confesso

Em 2021, Cruz se declarou culpado pelos crimes daquela quarta-feira. Durante seu julgamento, nesta semana, a defesa do rapaz que atualmente com 24 anos, afirmou que a pena de morte não se justificaria, pois o cliente é "um jovem frágil, com danos cerebrais e mentalmente doente". 

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Ainda de acordo com Melissa Necneill, advogada do assassino confesso, o cliente nasceu com um transtorno do espectro alcoólico fetal, quadro desencadeado por uma mãe dependente de álcool e de drogas.

Já a acusação, encabeçada por Michael Satz, um dos principais promotores do caso, afirma que o crime foi um "massacre sistemático", planejado com anos de antecedência e que por isso a pena de morte seria a condenação mais adequada.

Durante a leitura do veredicto, Nikolas Cruz olhou fixamente para a mesa de defesa, segundo informações da "FrancePress". Foram cerca de três meses de exaustivas audiências para as famílias das vítimas.

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Sobreviventes do massacre cometem suicídio

Pouco mais de 1 ano depois do assassinato em massa, um dos sobreviventes, o jovem Sydney Aiello, de 19 anos tirou a própria vida. De acordo com informações do jornal "El País", a mãe do rapaz identificou nele o que é conhecido como "culpa do sobrevivente". Aiello sofria pela perda da amiga, morta por um dos tiros disparados por Nikolas Cruz.

Posteriormente, um caso semelhante aconteceu em decorrência do terror vivido na escola de ensino médio. A policia confirmou a ocorrência de uma morte declarando o episódio como "aparente suicídio", mas não revelou o nome da vítima. 

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Na época, usuários do Twitter levantaram a hashtag "17plus2" em referência ao número de mortos contados no ataque de 14 de fevereiro somado ao número de suicídios.

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