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Cotidiano
Para jornalista especializado no assunto, personagens bem desenvolvidos são uma das chaves para um seriado se tornar um fenômeno
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Breaking Bad é uma das séries que está quase sempre no topo das listas pessoais | Divulgação
Os últimos meses do ano vão ser agitados para os fãs de séries. Isso porque o período que vai de setembro a dezembro é conhecido como fall season, temporada de estreia de seriados na televisão e plataformas de streaming dos Estados Unidos e Reino Unido, principalmente. O termo faz alusão à estação – outono – dessa época no Hemisfério Norte.
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“Há pouco, no fim de agosto, já tivemos uma estreia que era muito aguardada pelos entusiastas de séries: ‘A Casa do Dragão’, produção derivada de ‘Game of Thrones’, da HBO, disponível na televisão a cabo e na HBO Max. Em setembro, chegam aos serviços de streaming outros dois spin-offs que prometem bastante. Na Amazon Prime Video, teremos ‘O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder’, que promete trazer uma audiência massiva à plataforma. Já a Disney+ vai estrear ‘Andor’, que vem do universo Star Wars”, comenta o jornalista Jean Carlos Foss, editor dos cadernos Minha Série e Cultura Geek no site TecMundo, do Grupo NZN.
Foss ainda destaca o retorno de alguns seriados que estão no ar há bastante tempo e seguem como queridinhos do público, como “Chicago PD” (10ª temporada – 21 de setembro), “Chicago Fire” (11ª temporada – 21 de setembro), “Law & Order: Special Victims Unit” (24ª temporada - 22 de setembro) e “Grey’s Anatomy” (19ª temporada – 06 de outubro).
'FÓRMULA INFALÍVEL'.
Ainda que muitos fatores contribuam para o sucesso de uma série, o especialista do TecMundo acredita haver uma “fórmula infalível” para explicar o porquê de muitas produções serem um fenômeno: tramas originais e criativas aliadas a personagens bem desenvolvidos e que despertam emoções no público. Segundo Foss, essa lógica é observada em seriados como “Stranger Things” (Netflix), “Round 6” (Netflix), “The Mandalorian” (Disney+) e “The Boys” (Amazon Prime Video).
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“Há algo que fisgue mais o público do que torcer piamente para determinado personagem se dar bem ou mal? Que ele consiga o que tanto almeja ou que seja punido por seus atos? Que ele fique com a pessoa que ama ou perca tudo? No fim, podemos ter uma boa história, mas se não há engajamento em relação aos personagens, se seus arcos não são satisfatórios, o sucesso não é garantido”, completa o jornalista.
Foss também chama atenção para o fato de as séries citadas estarem no streaming e não exclusivamente em canais de televisão. No entendimento do jornalista, é muito mais vantajoso acessar um serviço de streaming, com um catálogo vasto e que permite ao usuário escolher o que assistir a qualquer momento, do que um canal de tevê que, não raro, terá apenas uma ou outra produção de interesse do telespectador, sendo necessário esperar dia e horário programados.
PREFERÊNCIA NACIONAL.
Assistir a séries está entre os passatempos preferidos dos brasileiros. Pesquisa da plataforma Roku divulgada no primeiro semestre deste ano apontou que 88% dos espectadores brasileiros já viraram a noite maratonando produções e 75% consomem filmes, seriados ou programas de tevê via streaming todos os dias.
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Os entrevistados também preferem o streaming a diversas outras atividades cotidianas de lazer, como ler um livro (74%), assistir a um jogo do time do coração (68%), sair com os amigos (63%), praticar esportes (61%) e ir a uma festa ou show (61%). Para a maioria dos participantes do estudo, o streaming só perdeu para ir à praia (39%) e ficar com a família (32%).
A respeito do tipo de consumo, Foss afirma que há quem prefira maratonar toda a série de uma vez, o chamado binge watching, e quem ache melhor aguardar os lançamentos semanais.
“Há quem defenda o lançamento da temporada completa, alegando que é ótimo poder maratonar uma série durante todo o fim de semana e obter as respostas e conclusões da produção o mais rápido possível. Por outro lado, tem quem diga que lançamentos de temporadas completas podem gerar muitos spoilers por parte daqueles que têm tempo hábil para maratonar. Até agora, ao menos, nenhum tipo se mostrou, inquestionavelmente, melhor do que o outro. ‘Stranger Things’, com lançamento completo’, e ‘The Boys’, com lançamento semanal’, por exemplo, são dois opostos que fazem um sucesso estrondoso”, conclui o expert.
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