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Cotidiano

Coronavírus chegou na Itália em setembro de 2019, aponta estudo

Estudo aponta que a doença pode ter se espalhado antes do primeiro caso confirmado na China, em dezembro

16/11/2020 às 14:08

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Na Itália, o primeiro paciente com coronavírus foi detectado em 21 de fevereiro, na região da Lombardia

Na Itália, o primeiro paciente com coronavírus foi detectado em 21 de fevereiro, na região da Lombardia | /Peter Ilicciev/FioCruz

O novo coronavírus estava circulando na Itália desde setembro de 2019, de acordo com um estudo do Instituto Nacional do Câncer (INT) em Milão.

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Ou seja, a doença pode ter se espalhado antes do estipulado pelos órgãos de saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Covid-19 era desconhecida antes de o surto ser relatado pela primeira vez em Wuhan, na China, em dezembro.

Na Itália, o primeiro paciente com coronavírus foi detectado em 21 de fevereiro, na região da Lombardia.

Segundo o estudo italiano publicado pela revista científica Tumori Journal, do INT, 11,6% dos 959 voluntários saudáveis de um teste de rastreamento de câncer de pulmão - realizado entre setembro de 2019 e março de 2020 - desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus antes de fevereiro.

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Outro estudo com anticorpos SARS-CoV-2 foi realizado pela Universidade de Siena, em pesquisa intitulada "Detecção inesperada de anticorpos SARS-CoV-2 no período pré-pandêmico na Itália".

Ele indicou que quatro casos datados na primeira semana de outubro testaram positivo para anticorpos que neutralizam o vírus, significando que eles foram infectados em setembro, segundo o coautor do estudo, Giovanni Apolone.

"Esta é a principal descoberta: as pessoas sem sintomas não só foram positivas após os testes sorológicos, mas também tinham anticorpos capazes de matar o vírus", disse Apolone à Reuters.

“Isso significa que o novo coronavírus pode circular entre a população por muito tempo e com baixo índice de letalidade não porque esteja desaparecendo, mas apenas para ter uma nova onda”, completou.

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