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Livros, Cultura e Etc..
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O historiador, escritor e pesquisador, Robert Darnton, nasceu em Nova Iorque, no ano de 1939 | Reprodução
Imagine uma pessoa que sempre gostou do universo dos livros e se tornou em uma grande estudioso nesse segmento? Agora imagine poder ler as obras da pessoa que já presidiu a Biblioteca da Universidade Harvard? Estamos falando de Robert Darnton.
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O historiador, escritor e pesquisador, Robert Darnton, nasceu em Nova Iorque, no ano de 1939. Estudou e se formou na Phillips Academy no ano de 1957, e na Universidade de Harvard em 1960, obtendo o doutorado em História na Universidade inglesa de Oxford.
Tornou-se especialista em história da França, do século XVIII, tendo amplo conhecimento sobre o Iluminismo e a Revolução Francesa. Trabalhou como professor entre os anos de 1968 e 2007, e também atuou como presidente da Biblioteca da Universidade de Harvard.
Começou a se tornar mais conhecido no Brasil a partir da publicação de seu livro “A Questão do Livro” onde apresentava as vantagens e desvantagens da digitalização dos livros e da intermediação do Google entre o cidadão e a informação.
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Recentemente, a editora Unesp lançou no Brasil “Pirataria e Publicação” também de autoria de Robert Darnton. Neste livro, o autor apresenta estudos sobre o trabalho de um grupo de editores europeus que se dedicava a publicar e distribuir versões copiadas ou pirateadas dos principais autores franceses dos tempos do iluminismo, período pré-Revolução Francesa.
A começar pela introdução, Darnton já explana a importância do livro na época do iluminismo: “Todo o universo conhecido é governado exclusivamente pelos livros’, afirmou Voltaire ao fina da vida, lembrando-se das batalhas que travara contra o preconceito, a ignorância e a injustiça. O Iluminismo como um todo foi impulsionado pela força dos livros.” (pág.07).
É muito importante verificar que o livro naqueles tempos da Europa pré-Revolução Francesa já era considerado como um item de grande importância para o processo de formação social. E para falar sobre a pirataria de livros, Darnton explana: “Os editores piratas não conseguiam sobreviver fazendo tudo sozinhos. Os riscos eram muito grandes e ocorriam em todos os pontos do ciclo, que ia da produção à cobrança.
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Dependendo do tamanho, um livro muitas vezes levava seis meses para ser impresso. O papel precisava ser encomendado com antecedência, um grande dispêndio de capital.
Enquanto aguardava que os fardos das fábricas do papel chegassem e, depois de sua chegada, que os tipógrafos e impressores produzissem as folhas, o pirata costumava descobrir que um concorrente o tinha vencido na corrida até o mercado. A disputa era agravada pelas dificuldades de distribuição, pois os embarques se atrasavam nas passagens de fronteira (…).” (pág.227).
A obra busca explicar o poder dos livros durante o Iluminismo sem jamais ignorar as origens da produção editorial até os tempos atuais.
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Fernando Rebouças é desenhista, publicitário e editor. Autor dos quadrinhos do Oi! O Tucano Ecologista e de Scriptah.
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