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Política

Deputado e delegado diz que Derrite 'não aguenta críticas'

Para Palumbo, secretário da SSP acha que deputados de direita têm de dizer 'amém' a ele

Bruno Hoffmann

13/08/2024 às 15:05  atualizado em 14/08/2024 às 09:08

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Delegado Palumbo (MDB) é deputado federal por São Paulo

Delegado Palumbo (MDB) é deputado federal por São Paulo | Divulgação

O deputado federal Delegado Palumbo (MDB) disse que o secretário de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), Guilherme Derrite, “não aguenta críticas” ao afirmar que o governo paulista prioriza a Polícia Militar à Civil.

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O que aconteceu

Em contato com a Gazeta, Palumbo afirmou que Derrite acha que todos os deputados de direita têm de dizer “amém” às ações do governo na área, e que discorda de como a Polícia Civil é tratada pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O secretário havia afirmado em entrevista à Jovem Pan, nesta segunda-feira (12/8), que a Pasta não prioriza qualquer uma das forças de segurança. A fala foi contestada por Palumbo.

“Ele não aguenta críticas”, disse Palumbo. “Por que ele tirou R$ 20 milhões da Polícia Civil para dar para a Polícia Militar? Por que deu um aumento maior à Polícia Militar do que à Polícia Civil e Científica?”, questionou ainda.

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Palumbo afirmou ainda que parte das delegacias do Estado não tem sequer papel para fazer os boletins de ocorrência, e que as viaturas estão em mau estado de conservação.

Insatisfação da categoria

Parte dos policiais civis de São Paulo voltou a mostrar insatisfação com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo o sindicato da categoria, as principais queixas são em relação ao atual modelo de progressão na carreira e ao não cumprimento da promessa de valorização da Polícia Civil.

De acordo com o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), os agentes não receberam a recomposição inflacionária anual em seus holerites e ainda se sentem desvalorizados com a diferenciação no único reajuste concedido pelo governador em 2023 em relação à Polícia Militar, considerada privilegiada pela gestão estadual.

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“Estamos avançando para o segundo semestre de 2024 e nada, até agora, do Governo do Estado de São Paulo sinalizar sequer sobre a reposição anual da inflação, que, pela Constituição Federal, é um direito dos servidores, incluindo os da Segurança Pública”, disse.

“Além disso, não se fala mais em valorização dos policiais civis desde o reajuste concedido em 2023, apesar da promessa, na época, de que haveria correção da injustiça ocorrida com a preterição da Polícia Civil, que recebeu recomposição inferior à da PM”, completou ela.

Outro lado

À Gazeta, a Secretaria da Segurança Pública negou que dê privilégios à PM em relação à Civil, e listou investimentos na corporação.

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Leia a nota, na íntegra:

"A SSP não faz distinção entre suas forças de segurança e tem investido fortemente para melhor equipá-las, assim como dar melhores condições de trabalho aos seus policiais. A Polícia Civil, por exemplo, recebeu quase 70% dos valores destinados a obras, somando um investimento na ordem de R$ 91,5 milhões para a reforma e construção de 32 unidades. Somado a isso, recebeu outros R$ 99,1 milhões para aquisição de novas viaturas e armas. Cabe destacar, ainda, a reposição do efetivo. Em maio deste ano, ocorreu a maior nomeação da história da Polícia Civil, com a convocação de mais de 4 mil candidatos, incluindo todos os remanescentes. Além disso, há concursos em andamento para o preenchimento de 3.135 vagas para as carreiras de escrivão, investigador e delegado".

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