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Cotidiano

Ao menos 6 cidades da Grande SP já têm novas tarifas de ônibus em vigor

Um dos municípios teve o segundo aumento neste transporte em menos de 3 meses

03/01/2022 às 17:22

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Ônibus circulando na avenida Paulista, na região central de São Paulo

Ônibus circulando na avenida Paulista, na região central de São Paulo | Marcelo Gonçalves/Sigmapress/Folhapress

O início de 2022 trouxe aumento de tarifas no transporte rodoviário a pelo menos seis cidades da Grande São Paulo, com preços que chegam a R$ 5,10, no caso São Bernardo do Campo. Um dos municípios teve o segundo aumento no transporte em menos de 3 meses.

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Em nota, a Prefeitura de São Bernardo diz que a tarifa não era reajustada desde 2019 e que os tributos municipais não custeiam o transporte público com subsídios. 

Diadema também reajustou a passagem para R$ 5,10. Entretanto, a cidade manteve o cartão SOU+Diadema em R$ 4,25.

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Em Mauá, para quem paga em dinheiro na catraca, o preço da passagem vai subir de R$ 4,30 para R$ 5, mas a partir do próximo dia 28 de janeiro. Por outro lado, quem usa Bilhete Único terá o valor reduzido de R$ 4,30 para R$ 4,20. O decreto com as mudanças foi publicado em 29 de dezembro passado. 

Segundo a prefeitura, para conseguir o cartão é preciso ir pessoalmente à Praça 22 de Novembro, s/nº, no térreo do Centro de Formação de Professores Dr. Miguel Arraes, ao lado do Terminal Municipal, das 8h às 18h. É preciso levar RG, CPF e comprovante de endereço. 

Em Guarulhos, o preço passou de R$ 4,70 para R$ 5. Já para quem usa o Bilhete Único, o valor a ser pago passou de R$ 4,45 para R$ 4,90. A prefeitura também lembra, em publicação em seu site, que as passagens permaneceram congeladas nos últimos três anos. 

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Franco da Rocha reajustou a passagem de R$ 4,60 para R$ 5 logo no primeiro dia do ano. 

Já os usuários do transporte público de Francisco Morato e de Itapecerica da Serra passaram a pagar R$ 4,90 e R$ 4,50, respectivamente, nesta segunda-feira (3). Os preços antes eram R$ 4,60 e R$ 3,75. 

Há ainda passageiros de uma oitava cidade da Grande São Paulo que enfrentaram recente reajuste de tarifa. Suzano aumentou a passagem de R$ 4,40 para R$ 5 em 14 de novembro passado.

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E outros três municípios, Cotia, Rio Grande da Serra e Taboão da Serra afirmam que reajustes pedidos pelas empresas de ônibus estão sendo estudados. 

"As empresas que detêm a concessão do transporte público municipal protocolaram processo de reequilíbrio econômico, solicitando o reajuste tarifário de R$ 4,30 para R$ 5,40", diz a Prefeitura de Taboão da Serra, em nota. A gestão afirma que a documentação está em análise, mas que "não tem interesse em reajustar os valores".

No caso de Barueri, a prefeitura diz, também em nota, que não houve nenhum ato oficial reajustando o valor da tarifa, porém, não afirma se o preço da tarifa pode subir em breve. 

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São Caetano do Sul diz que "até o momento não há qualquer movimento". 

Em Pirapora do Bom Jesus, os ônibus municipais continuarão neste ano com tarifa zero, implantada em 2020.
Outros municípios descartam reajustes, como Santo André e Osasco. E há os que estão na mesma situação da cidade de São Paulo, como Carapicuíba, à espera de subsídio do governo federal para não reajustar a tarifa. 

Na capital paulista, o valor atual, de R$ 4,40, será mantido até a definição do Senado sobre a votação de um projeto de lei que prevê custeio da União para a gratuidade de idosos. 

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Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), essa gratuidade custa cerca de R$ 450 milhões ao ano para os cofres da administração municipal. O pedido para que o governo federal arque com esse custo foi feito pelos prefeitos em novembro passado. 

A prefeitura prevê gastar mais R$ 500 milhões com subsídios se não tiver ajuda do governo de Jair Bolsonaro (PL) ou se não reajustar a tarifa. Em 2021, a administração municipal custeou cerca de R$ 3,3 bilhões para o transporte público. 

A SPTrans, empresa ligada à prefeitura que administra o transporte público com ônibus, e a Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana sugerem reajuste de R$ 5,10 para repor a inflação dos dois últimos anos sem reajustes para não se aumentar os subsídios.

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À Folha de S.Paulo, Nunes disse no último dia 23 de dezembro que a definição sobre reajuste poderá ficar para fevereiro, enquanto espera uma definição de Brasília. 

"Eu conversei com o presidente do Senado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ele me falou que vai pautar para fevereiro o projeto onde prevê que o governo federal repasse aos municípios o valor da gratuidade do idoso", diz o prefeito. "Tendo em vista isso, que o senado só retorna em fevereiro, nos vamos manter a tarifa sem aumento até uma decisão do Senado Federal." 

O prefeito afirma que já conversou com o governador de São Paulo e a decisão sobre o aumento da tarifa do transporte sobre trilhos será feito em conjunto e que, por parte do governo do estado, há o desejo de não aumentar também.

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