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Diadema: uma a cada quatro pessoas em situação de rua tem ensino médio completo

Levantamento revela que 85% das pessoas em situação de rua é do sexo masculino, a maioria tem entre 41 e 50 anos (31%) e é solteira (59%)

Matheus Herbert

31/05/2021 às 10:10

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Uma a cada quatro pessoas em situação de rua tem ensino médio completo em Diadema

Uma a cada quatro pessoas em situação de rua tem ensino médio completo em Diadema | Agência Brasil

Levantamento realizado pela Prefeitura de Diadema, no ABC Paulista, revela que 85% das pessoas em situação de rua é do sexo masculino, a maioria tem entre 41 e 50 anos (31%) e é solteira (59%). O Censo Pop de Rua, realizado entre 26 de fevereiro e 5 de março deste ano, teve como objetivo levantar dados quanti-qualitativos sobre as pessoas em situação de rua, a fim de intensificar a proteção integral a essa parcela da população.

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“O objetivo deste estudo foi conhecer nossa população em situação de rua, a fim de garantir uma proteção integral a esses cidadãos,” explicou a vice-prefeita e secretária de Assistência Social e Cidadania, Patty Ferreira. “A partir daí, será possível planejar e implementar novas ações e estratégias de atendimento, fortalecendo as intervenções municipais junto a este público. A reforma do Centro Pop já é um exemplo disso”, complementou. As informações são do "Diário Regional". 

Durante o levantamento foram identificadas 137 pessoas em situação de rua, das quais 115 participaram da pesquisa. As mulheres representam 15% desse público. Dos que não participaram do Censo, a maioria era do sexo masculino, com idades entre 35 e 50 anos.

Em relação à escolaridade, 24% têm ensino médio completo e 7% incompleto; 3% completaram o ensino superior e 2% não finalizaram a graduação. Apenas 3% não apresentaram escolarização; 15% têm o fundamental completo e 8% não responderam.

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O Censo Pop mostrou que 43% das pessoas em situação de rua trabalham, das quais, 2% têm carteira assinada. Dos entrevistados, 55% não realizam atividade remunerada.

VÍNCULOS

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Ao serem abordados se possuem familiares, 90% dos entrevistados responderam que sim. Desses, 58% têm contato com seus familiares. Em relação aos que não têm contato com seus familiares: 38% desejam retomar o vínculo, 55% não têm interesse no contato e 8% não responderam.

A maioria – 32% – está nas ruas por conflitos familiares. Desemprego é o motivo da ida para a situação de rua de 23% dos entrevistados; uso de substâncias, 17%; outras causas, 12%.

REGIÕES

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O levantamento também mostrou que população em situação de rua apresenta características distintas conforme a região de permanência. Por exemplo, na Presidente Costa e Silva há presença de pessoas com pouco acesso às políticas públicas e uso presente de substâncias psicoativas, já atrás do Batalhão do Corpo de Bombeiros foi identificado um grupo de homens que permanece na viela em moradias improvisadas ao lado de um centro de reciclagem particular.

Os demais pontos de concentração apresentam características semelhantes, destacando-se o perfil dessa população com rompimento de vínculos familiares e comunitário, mas com acesso parcial às políticas públicas.

Quanto a episódios de violência nos últimos anos, 64% relataram que não sofreram. Porém, 33% disseram ter sofrido violência no último ano.

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A partir da entrevista, verificou-se que 78% dos entrevistados já frequentaram o Centro Pop. Em relação aos pesquisados que nunca frequentaram o serviço, os principais motivos foram não conhecerem o serviço e de o considerarem distante. A prefeitura informou que de agosto de 2020 a janeiro de 2021 passaram por atendimento no Centro Pop 408 pessoas o que resultou em 2.609 atendimentos. Do total, 42 foram entrevistados durante o Censo Pop Rua.

Em relação ao acesso às Unidades de Acolhimento (Albergues), 51% já acessaram e 48% nunca utilizaram o serviço, 1% não respondeu.

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