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Cotidiano
Os consumidores do ABC Paulista revelaram que estão dispostos a pagar, em média, R$ 129 por presente
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Segundo a empresa, parte das vendas de Natal foi antecipada na Black Friday | ABR
Em um ano que entrará para a história por conta da Covid-19, os impactos econômicos decorrentes das medidas adotadas para conter a disseminação da doença afetarão negativamente a melhor data do comércio, o Natal.
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Levantamento realizado pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo revela que a compra de presentes para a data vai movimentar R$ 237 milhões no comércio dos sete municípios que compõem o ABC Paulista, montante 17% menor que o projetado no ano passado.
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Descontada a inflação de 4,31% apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos 12 meses encerrados em novembro, o recuo é ainda maior, de 20,4%.
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“Esse valor representa o pior ano em valores nominais desde 2012”, revela o professor Sandro Maskio, coordenador de estudos do Observatório Econômico da Metodista.
O resultado reflete a menor disposição do consumidor do ABC a gastar neste Natal – expressa tanto no desembolso por presente como no montante total planejado para a data.
Os consumidores do ABC revelaram que estão dispostos a pagar, em média, R$ 129 por presente, com queda real de 6,3% em relação ao apurado na Pesquisa de Intenção de Compras (PIC) Natal do ano passado. Na mesma comparação, os gastos planejados com a data – para a compra de mais de um presente – caíram 8,5% para R$ 393, em média.
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“A conjuntura econômica singular de 2020, marcado pela pandemia e pelas restrições impostas à atividade econômica, ajuda a explicar a retração. No cenário nacional, o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 3,4% nos 12 meses encerrados em setembro e, no terceiro trimestre, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registrou taxa de desemprego de 14,4% e de 30,3% de subutilização da força de trabalho”, ressaltou Maskio.
O estudo destaca ainda que, embora o ABC não tenha estatísticas regionais para avaliação periódica do desempenho da economia, a perda de pouco mais de 19 mil postos formais de trabalho nos sete municípios entre janeiro e outubro deste ano traz bom parâmetro sobre a retração econômica local.
Além da menor disposição para gastar, a PIC Natal 2020 mostra também redução no número médio de pessoas a serem presenteadas. Para se ter uma ideia, um em cada quatro entrevistados não vai dar lembranças a ninguém neste ano. Os principais presenteados serão mães (18,9%), pais (11,8%), irmãos (11,0%) e filhos (9,4%).
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VESTUÁRIO
Dentre os presentes mais procurados estão artigos de vestuário/calçados (29,7%), brinquedos (14,3%), perfumes/cosméticos (12,6%) e livros (5,7%).
A internet lidera como o canal preferido para as compras (29,9%). Porém, com a reabertura gradual dos estabelecimentos, é seguida pelos shoppings e pelo comércio de rua, com 28,9% e 25,4%, respectivamente.
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