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Cotidiano
De janeiro a setembro, os preços das moradias subiram acima da inflação oficial acumulada no período em três dos quatro municípios da região incluídos na pesquisa
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Para especialistas, setor imobiliário vive momento favorável | /ARQUIVO PESSOAL/DIÁRIO REGIONAL
A crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) não impediu a valorização dos imóveis residenciais no ABC Paulista. É o que mostra o índice FipeZap, levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base em anúncios publicados no portal Zap Imóveis.
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De janeiro a setembro, os preços das moradias subiram acima da inflação oficial acumulada no período em três dos quatro municípios da região incluídos na pesquisa.
O levantamento mostra variações de 4,32% em Diadema, 2,22% em São Caetano, 1,57% em São Bernardo e de 1,06% em Santo André. No mesmo período, a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 1,13%, segundo estimativas de economistas compiladas pelo Boletim Focus, do Banco Central – o dado oficial de setembro só será divulgado nesta sexta-feira (9).
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Na prática, os dados revelam alta real de 3,15% em Diadema, 1,08% em São Caetano e de 0,44% em São Bernardo. No sentido contrário, houve queda real de 0,07% em Santo André. Com isso, o preço médio pedido por metro quadrado no ABC atingiu R$ 6.275 em São Caetano, R$ 5.485 em Santo André, R$ 5.020 em São Bernardo e R$ 4.999 em Diadema.
A expectativa era de que a desaceleração da atividade econômica derrubasse a demanda por imóveis e, com isso, puxasse os preços para baixo. Porém, não foi isso que aconteceu.
A pesquisa mais recente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) mostrou que, em agosto, as vendas de imóveis novos na Capital cresceram 46,3% em relação a julho e 35,0% ante o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 12 meses, a alta é de 17,1% – o que, no entender da entidade, sinaliza que o mercado já superou o patamar de vendas anterior à pandemia.
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Na região, não há dados recentes sobre o setor. A última edição da pesquisa realizada pela Associação de Construtores, Imobiliárias e Administradoras de Imóveis do ABC (ACIG¬ABC) refere-se ao primeiro semestre do ano passado.
O coordenador do índice FipeZap, Eduardo Zylberstajn, entende que o setor vive momento favorável em função da redução dos juros do crédito imobiliário, que aumentou a capacidade de financiamento das famílias; e da mudança de comportamento por causa da pandemia. “As pessoas estão ficando mais em casa e repensando os aspectos de moradia, buscando mais conforto. Por isso, estão voltando seu interesse para o mercado imobiliário”, disse.
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“Quem investe sabe que a Selic baixa prejudica os rendimentos. Então recorre à segurança do imóvel. Além disso, os contratos de financiamento estão muito atraentes para quem deseja concretizar o sonho da casa própria”, acrescentou o consultor em mercado imobiliário Rafael Scodelario.
Zylberstajn ponderou, no entanto, que cada cidade tem sua própria realidade e afirmou que, em regiões de vocação mais industrial, como é o caso do ABC, a recuperação da demanda por imóveis pode demorar mais a ocorrer.
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Em setembro, os preços dos imóveis variaram 0,59% em Diadema, 0,35% em Santo André, 0,29% em São Bernardo e -0,09% em São Caetano, contra IPCA projetado de 0,43%.
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