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Cotidiano

Pandemia provoca saída de quase 18 mil usuários dos planos de saúde no ABC

A perda de usuários ocorre tanto nos planos coletivos empresariais, como nos planos individuais e familiares

Matheus Herbert

02/09/2020 às 11:02

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Entre março e junho, o número de beneficiários caiu 1,3% nos sete municípios, de 1,372 milhão para 1,354 milhão, mostram dados da ANS

Entre março e junho, o número de beneficiários caiu 1,3% nos sete municípios, de 1,372 milhão para 1,354 milhão, mostram dados da ANS | /ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

Os planos de saúde perderam quase 18 mil usuários no ABC Paulista no segundo trimestre deste ano, como resultado da crise econômica que se abateu sobre o Brasil desde o início da pandemia de covid-19.

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Entre março e junho, o número de beneficiários caiu 1,3% nos sete municípios, de 1,372 milhão para 1,354 milhão, mostram dados divulgados pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), compilados pelo “Diário Regional”. A região do ABC reúne os municípios: Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.

A perda de usuários ocorre tanto nos planos coletivos empresariais – motivada pelo fechamento de postos de trabalho – como nos planos individuais e familiares – decorrente da perda de renda.

No segmento empresarial houve perda de 8 mil beneficiários na passagem entre março e junho, de 1,040 milhão para 1,032 milhão. Na mesma comparação, o ramo individual ou coletivo perdeu mais de 10 mil usuários, de 286,4 mil para 275,9 mil.

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No país, o mercado de planos de saúde registrou perda de mais de 362 mil beneficiários (-0,8%) no segundo trimestre, segundo balanço divulgado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Atualmente, o segmento conta com 46,76 milhões de usuários.

“A partir de abril, o setor passou a registrar sucessivas baixas (no número de beneficiários), particularmente intensa em maio e menos intensa em junho, resultado do elevado número de demissões, interrupção de atividades, fechamento de empresas ou ainda da perda de poder aquisitivo”, explicou José Cechin, superintendente executivo do IESS.

Cechin lembrou que o comportamento do mercado de planos de saúde está intimamente ligado ao saldo de empregos formais no país. Isso se deve ao fato de que a maior parte dos planos é coletivo empresarial, ou seja, oferecidos pelas empresas aos colaboradores. “Além do vínculo rompido, a redução da massa de rendimentos das famílias também influencia sua capacidade de manter planos individuais e familiares ou mesmo coletivos por adesão.”

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No ABC, 37.042 postos de trabalho foram extintos desde março, quando o novo coronavírus começou a se espalhar pelo Brasil, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

Cechin ressaltou que é difícil prever como o mercado de planos de saúde vai se comportar nos próximos meses. “Vai depender diretamente dos rumos da covid-19 no Brasil, do comportamento das pessoas e das ações do poder público.”

Ainda segundo a ANS, a perda de usuários no ABC ocorre tanto nos planos com cobertura hospitalar e ambulatorial como na modalidade exclusivamente odontológica. No primeiro caso, houve perda de 9,4 mil beneficiários; no segundo, 8,3 mil usuários deixaram os planos.

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A perda de planos de saúde preocupa as prefeituras, porque esse contingente tende a aumentar a demanda no Sistema Único de Saúde (SUS), público e gratuito.

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