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Cotidiano

Mulher acusa Qatar Airways de impedi-la de embarcar por ser gorda; assista

Juliana Nehme diz que a empresa solicitou que ela comprasse uma passagem de primeira classe para que ela pudesse viajar

24/11/2022 às 10:53  atualizado em 24/11/2022 às 13:56

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A passageira diz que ficou presa no Líbado por ter sido impedida de entrar no avião pelos funcionários da cia aérea

A passageira diz que ficou presa no Líbado por ter sido impedida de entrar no avião pelos funcionários da cia aérea | Reprodução/Instagram

Uma passageira brasileira que estava em viagem por Doha, no Catar, diz que foi impedida de embarcar em um avião da Qatar Airways por ser gorda. Segundo vídeo postado por Juliana Nehme, que viajava com a família quando foi vitima do constrangimento, ao realizar uma escala no Líbano, os funcionários da cia aérea disseram que ela não poderia entrar na aeronave em um assento comum devido ao seu peso.

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Na gravação, Juliana conta que o primeiro voo da viagem ocorreu sem problemas e que ela não teve de comprar uma passagem especial para embarcar. Somente quando chegou ao Líbano, país no qual faria uma escala e depois embarcaria em um voo pela Qatar Airways, foi que os problemas começaram.

"Vim pela Air France e foi tudo bem no voo! Vim de passagem econômica e não passei por nenhum constrangimento ou assédio. Comprei uma passagem de volta para o Brasil pela Qatar e chegando na hora de fazer o check-in uma aeromoça da Qatar chamou minha mãe enquanto a moça finalizava nosso  check-in e disse pra ela que eu não era bem vinda para embarcar porque sou gorda. E eles não iam me receber no voo. Só se eu comprasse passagem de primeira classe.", desabafou a passageira em uma postagem em seu perfil no Instagram. 

Assista ao vídeo do relato

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Empresa teria solicitado gasto adicional de R$ 15 mil para embarque

No vídeo, Juliana conta ainda que funcionários da Qatar Airways insistiram para que somente seus familiares seguissem viagem, deixando-a sozinha no Líbano. Ela explica ainda que as passagens dos quatro membros da família já estavam compradas e que teriam custado cerca de U$S 1 mil (aproximadamente 5 mil reais pela cotação média). Ao insistir para que todos viajassem juntos, a representante da companhia teria sugerido que Juliana comprasse para si uma passagem de primeira classe, que custaria U$S 3 mil, ou seja, um custo de cerca de R$ 15 mil.

"Ela [funcionária da companhia aérea] reteve as passagens da minha mãe, minha irmã, meu sobrinho e a minha! Depois de horas implorando, ela devolveu todas as malas que já tinha sido despachadas alegando que eu teria que comprar classe executiva ou não viajaria. Tentei até o final que me permitissem voar, já que estávamos em 4 pessoas viajando juntas, e ela se recudou até o final a vender a passagem pra mim! Uma passagem que tem um custo de 3 mil dólares pra ser executiva. Eu paguei mil dólares", continuou a passageira na postagem.

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Ameaças e empurrão

Ainda em seu relato na rede social, Juliana afirma que foi ameaçada no aeroporto e que uma funcionária da Qatar Airways a teria empurrado no momento em que a passageira tentou gravar um vídeo para mostrar a situação.

"Fui ameaçada ao tentar gravar o que eles estavam fazendo a moça do guichê me empurrou e nada adiantou. Fui ameaçada se não parasse de gravar. Eu estou retida no Líbano.", emendou.

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"Humilhada"

"Eles queriam que minha mãe fosse embora e me deixasse sozinha aqui no Líbano. Mas não falo inglês nem árabe. Ela se recusou. Minha irmã foi com meu sobrinho embora para o Brasil e ficamos aqui !", lamentou Juliana sobre o caso.

A passageira também manifestou indignação pelo fato de ter precisado ficar em um destino que não planejou e ter de gastar com hospedagem e deslocamento. "Estou tendo gastos com hotel e táxi que não precisava ! Não tenho dinheiro para me manter aqui por mais tempo."

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Sem vislumbrar nenhum posicionamento efetivo por parte da companhia aérea na solução do conflito, Juliana se diz humilhada. 

"Fui extremamente humilhada na frente de todas as pessoas que estavam no aeroporto! Tudo isso porque sou gorda! Que vergonha uma empresa como a Qatar permitir esse tipo de discriminação com as pessoas! Sou gorda mas sou igual a todo mundo! Não é justo comprar minha passagem e ser humilhada, ameaçada e impedida de voar. Preciso de uma solução urgente", finaliza.

O que diz a Qatar Airways

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A Gazeta entrou em contato com a Qatar Airways, que confirmou que a passageira foi impedida de embarcar e que houve um conflito entre a mesma e os atendentes do balcão de check-in nesta terça-feira. Leia a nota da empresa na íntegra abaixo:

"Aqui está nossa declaração sobre o passageiro. Apenas como pano de fundo, ela foi extremamente agressiva com a equipe que teve que chamar a segurança duas vezes para acalmá-la enquanto assustava a equipe e outros passageiros que faziam o check-in. A única pessoa agressiva era a própria pessoa que ameaçava a equipe.

A Qatar Airways trata todos os passageiros com respeito e dignidade e, de acordo com as práticas da indústria e de forma semelhante à maioria das companhias aéreas, qualquer pessoa que impeça o espaço de um companheiro de viagem e não consiga prender o cinto de segurança ou abaixar os apoios de braço pode ser obrigada a comprar um assento adicional tanto quanto uma precaução de segurança e para o conforto e segurança de todos os passageiros. A passageira em questão no aeroporto de Beirute foi inicialmente extremamente rude e agressiva com a equipe de check-in quando um de seus acompanhantes não apresentou a documentação PCR necessária para entrada no Brasil. Como resultado, a segurança do aeroporto foi solicitada a intervir, pois funcionários e passageiros estavam extremamente preocupados com seu comportamento. Podemos confirmar que o passageiro foi remarcado em um voo esta noite do Líbano."

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