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Veja a importância do rápido diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais

Diretor da Federação Brasileira de Gastroenterologia alerta que preconceito contra a doença pode atrapalhar no diagnóstico

Leonardo Sandre

12/05/2024 às 12:00  atualizado em 18/07/2024 às 22:29

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As doenças inflamatórias intestinais (DIIs) são crônicas e autoimunes

As doenças inflamatórias intestinais (DIIs) são crônicas e autoimunes | Freepik

Maio é o mês roxo, cor da campanha que visa alertar sobre as doenças inflamatórias intestinais (DIIs), que são crônicas e autoimunes.

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Estudos apontam que um em cada mil brasileiros esteja com alguma DII, estes números mostram que essas enfermidades são tão comuns quanto a apendicite, por exemplo.

Mas, se há semelhança em número de casos, porque não temos tantos diagnósticos de Doença de Crohn, a mais frequente das DIIs? Para o diretor da Federação Brasileira de Gastroenterologia, Antônio Carlos Moraes, a resposta pode estar no preconceito dos pacientes com a própria doença.

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Diagnóstico rápido é essencial

De acordo com Antônio Carlos Moraes, a vergonha de assumir o diagnóstico rapidamente tem que ser deixada de lado, uma vez que caso o diagnóstico ocorra o mais cedo possível, contribuirá muito para a vida do paciente.

“O principal sintoma é a diarreia crônica, mas muitas pessoas não gostam de assumir que estão com esse problema; há uma vergonha em expor a situação, atrapalhando a velocidade do diagnóstico”, destacou o profissional, acrescentando que "essa rapidez é essencial para a retomada da vida do paciente".

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Por se tratarem de doenças que atrapalham o afetado devido aos seus sintomas limitantes – diarreia, dores abdominais, sangramento ao evacuar, febre, fadiga, falta de apetite, as DIIs devem ser tratadas o quanto antes para que o paciente recupere sua rotina.

Porém, de acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), 41% dos diagnosticados só descobrem a doença depois de um ano, enquanto 43% demoram pelo menos quatro consultas até terem o diagnóstico.

Ainda segundo pesquisa da ABCD, 80% dos pacientes relatam que têm sua vida afetada mesmo em períodos de remissão da DII.

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Médicos e pacientes devem trabalhar em conjunto

É necessário que médicos e pacientes trabalhem em conjunto para que esse tempo encurte, porque são meses em que o paciente pode ficar sem estudar, trabalhar, ter o seu lazer e se relacionar.

Dessa forma, ter equipe médica treinada para identificar uma possível doença inflamatória intestinal e direcionar o paciente aos exames se faz essencial.

“É muito raro um plantão em que você não tenha caso de apendicite. É um problema muito comum, pensado e diagnosticado com rapidez. Por outro lado, não vemos essa mesma velocidade nas doenças intestinais", afirmou o especialista.

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"Precisamos treinar as equipes para estarem alertas a essas doenças e saber identificar os sinais alarmantes, principalmente na presença de diarreia crônica, cólica abdominal e febre”, completou Antônio Carlos, que também é diretor do setor de Gastroenterologia da Rede D’Or.

Teorias sobre o que causam as DIIs:

Existem quatro teorias principais sobre o surgimento das DIIs:

Exposoma, ou teoria da hiperhigienização

Quando o meio ambiente foi se tornando mais limpo e diminuindo o número de doenças infectocontagiosas, as doenças autoimunes se multiplicaram.

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Genoma

Relaciona essas doenças à carga genética do paciente.

Imunoma

A forma como cada indivíduo reage a um fator de agressão – uma gastrenterite, por exemplo, pode desenvolver uma doença inflamatória.

Alterações na microbiota

Conhecida como flora intestinal, a qual conhecemos menos de 10%. Mesmo de origem incerta, a garantia é que, uma vez desenvolvida, a doença inflamatória intestinal acompanhará o paciente durante toda a vida.

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“No Maio Roxo, devemos alertar ainda mais sobre esse grupo de doenças, pois limitam muito a vida social e profissional dos pacientes. Precisamos acabar com o autopreconceito dos sintomas e da presença das DIIs, encurtando, assim, o tempo para diagnóstico e o início do tratamento”, finalizou o gastroenterologista.

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