Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Um dos maiores nomes da história da MPB, Tim Maia, morreu no dia 15 de março de 1998, aos 55 anos | Derly Marques/Folhapress 1982
Um dos maiores nomes da história da MPB, Tim Maia morreu no dia 15 de março de 1998, aos 55 anos. O "síndico", como era conhecido, colecionou polêmicas e enfileirou sucessos para o público.
Continua depois da publicidade
Siga as notícias da Gazeta de S.Paulo no Google Notícias
Dono de uma das vozes mais potentes e afinadas da música, o artista tinha hits com letras reflexivas sobre a vida, como "Azul da Cor do Mar", "Essa Tal Felicidade", entre outros sucessos.
Veja abaixo, alguns detalhes da trajetória do artista.
Continua depois da publicidade
Faça parte do grupo da Gazeta no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.
Cresceu na Tijuca, no Rio de Janeiro e teve uma infância humilde. Conhecido como "Tião Marmiteiro", Tim vendia marmitas para ajudar sua família.
A decisão de Tim Maia de ir para os Estados Unidos veio em um momento de chateação e desapontamento com a música. Ele então soube que a arquidiocese do Rio de Janeiro estava levando alguns seminaristas para estudar nos Estados Unidos. O cantor, que sequer era católico, deu um jeito de entrar nessa turma, arranjou dinheiro e um contato de uma amiga da tia da vizinha da mãe dele que poderia recebê-lo lá. Assim, ele foi para New York. Morou em diversos locais, fez bicos e chegou a dormir em metrôs e aprendeu muito sobre a "Black Music" - movimento negro na música popular.
Continua depois da publicidade
Tim Maia ficou nos Estados Unidos por 4 anos, até que foi preso por roubar gasolina e por porte de drogas. Foi deportado e voltou para o Brasil.
Em 1957, o síndico decidiu fundar o grupo vocal chamado de "The Sputniks". Os integrantes eram: Roberto Carlos, Arlênio Silva, Edson Trindade e Wellington, além do fundador. O grupo se apresentou no programa Clube do Rock de Carlos Imperial na TV Tupi. Roberto Carlos afirma que aprendeu a batida do rock no violão neste período, ao ver Tim executar "Long Tall Sally", de Little Richard.
Amigos desde pequenos, foi para Erasmo que Tim ensinou os primeiros acordes no violão. Foi junto com o Tremendão, na juventude, que começou a frequentar o famoso Bar do Divino, na Tijuca.
Continua depois da publicidade
Tim Maia foi o escolhido pela revista Rolling Stones Brasil como o maior cantor brasileiro de todos os tempos. Ele também foi eleito o 9º maior artista da música nacional.
Os discos produzidos por Tim Maia em 1975 levavam letras de conscientização sobre a nova filosofia de vida que o cantor seguia. Universo em Desencanto, Bom Senso, O Caminho do Bem e Imunização Racional (Que Beleza) são alguns dos sucessos de exemplo. Nessa fase, ele tinha parado de beber, fumar, comer carne vermelha, só usava branco e todos da banda deveriam fazer o mesmo. As músicas contavam com arranjos especiais.
Ao descobrir que estava seguindo um guru e uma seita enganosos, Tim passou a renegar os álbuns dessa fase, destruiu ativamente o material, proibiu seu relançamento e desencorajou regravações enquanto ainda estava vivo, porém, não adiantou. As canções estão até os dias atuais entre seus maiores sucessos.
Continua depois da publicidade
O apelido foi dado pelo amigo e também ícone da música brasileira Jorge Ben Jor na música W Brasil, em que cita Tim Maia. Ben Jor afirmava que o Brasil vivia um momento tão louco, que, caso fosse um prédio, o síndico ideal seria Tim Maia. Ironicamente, Tim chegou mesmo a ser síndico de um prédio em que morou.
Já em cima do palco e prestes a começar a cantar, Tim Maia passou mal durante um show especial para a televisão, gravado no Teatro Municipal de Niterói. Ele teve que ser retirado às pressas por sua equipe e foi levado para o hospital com uma crise hipertensiva e um edema pulmonar. Ficou internado por alguns dias, até morrer por falência múltipla dos órgãos.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade