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É indispensável os pais separarem bombinhas extras em caso de quadro de asma do filho | Freepik
Mês de março se encerra com o feriado da Semana Santa e muitos pais aproveitam a data para organizar uma viagem em família. Antes de levar a casa inteira para o passeio é preciso levar em conta para onde vai e por quanto tempo estará fora, para um bom planejamento.
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Pensando nisso, o médico Leonardo Soares, pediatra e coordenador da emergência do Centro Pediátrico da Lagoa, esclarece as 10 principais dúvidas a seguir antes de viajar com as crianças. Confira:
O médico aponta que seria importante essa passagem caso a criança tenha algum quadro clínico. “Em um cenário em que a criança já tem um acompanhamento regular de rotina com seu pediatra, a resposta é não. Exceções poderiam ser em casos onde a pessoa está indo viajar para uma área em que no momento seja endêmica para algum tipo de doença transmissível".
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Como recomendação básica, o pediatra indica evitar levar crianças pequenas em viagens para locais extremos, como temperaturas muito baixas ou altas, ou com altitudes muito elevadas. Existem países em que a regulamentação local exige certificados de vacinação específicos, como o de febre amarela.
Outra recomendação do médico é a respeito sobre o sistema imune da criança. “A recomendação é sempre lembrar que uma criança não é um adulto pequeno. Seu sistema imune está em desenvolvimento, e viagens para locais com outra cultura, hábitos alimentares diferentes e clima diferente, podem expor esse sistema imune imaturo a condições antes não vivenciadas, o que aumenta o risco de infecções durante a viagem”.
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Outra exceção que é importante ficar atento segundo o pediatra são crianças que já fazem acompanhamento por conta de alguma doença de base. Essas devem sempre ter autorização do pediatra e orientações antes das viagens.
O médico informa que as consultas e vacinas devem ser feitas com antecedência da data da viagem. “ Pelo menos em alguns casos é necessário, por exemplo, uma vacinação antes da viagem, é recomendável que a consulta seja ao menos 20 dias antes, caso ela seja necessária”, diz ele.
O pediatra explica que durante o período da infância, alguns sentidos das crianças ainda não estão desenvolvidos, por isso é importante ficar de olho nelas. “Crianças têm menos medo e noção de perigo que um adulto. Assim sendo, os acidentes são mais frequentes nessa fase da vida. Os reflexos e a coordenação motora fina estão em desenvolvimento, aumentando o risco particularmente nos lactentes, pré-escolares e escolares (até os 12 anos de idade)”,
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Segundo ele, uma das principais maneiras de prevenir acidentes está no próprio conceito. Prever situações de perigo, como risco de afogamento de uma criança onde se tem piscina ou mar, risco de quedas, risco de exposição acidental a substâncias tóxicas, entre outras. Sempre é necessário que haja um adulto alerta na proximidade.
O tempo preconizado é de dez dias antes da viagem segundo o Leonardo Soares “Por isso a recomendação de procurar o pediatra ao menos vinte dias antes. Toda vacina pode causar reação, sendo que as mais comuns estão relacionadas à inflamação no local da injeção”, aponta ele.
No caso da febre amarela, que é subcutânea, ele pontua que normalmente a vacina é aplicada no músculo deltóide no braço, e que sintomas como febre, dores no corpo, dor de cabeça, podem surgir nas primeiras 48h após a aplicação e costumam ser autolimitados, podendo ser combatidos com sintomáticos.
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Em caso de dúvida, sempre é bom procurar o pediatra assistente.
Durante a viagem, o pediatra destaca uma série de itens essenciais que se revelam indispensáveis para garantir uma viagem segura e tranquila para toda a família, abrangendo desde cuidados médicos específicos até orientações práticas para enfrentar eventuais imprevistos.
O médico pontua que depende da condição médica do seu filho. “A nebulização tem sido menos utilizada após o advento das bombinhas que são mais práticas para levar em viagens. A não ser que seu filho tenha uma recomendação específica, não é necessário.
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Leonardo Soares aconselha que é indispensável os pais levarem bombinhas extras em caso de quadro de asma do filho e também é importante saber testar se a bombinha ainda tem remédio. Uma dica do médico para saber se a bombinha está cheia como a caso do bombinha de Salbutamol, é mergulhá-la em um copo d’água, se ela afundar, ainda existe remédio. Se boiar no copo é porque ele acabou.
Caso a criança apresente febre, o médico aconselha que em um primeiro momento se deve medicar como prescrito pelo médico. E seguir observando outros sinais e sintomas e em caso de um segundo episódio, contatar o pediatra assistente ou levar a um pronto-atendimento local.
O pediatra desaconselha climas frígidos em caso de quadro de asma para os menores. “Evitar temperaturas extremas, colocá-los fora do alcance das crianças, preferencialmente trancados em algum local. Checar também a data de validade dos medicamentos e se possível levar a bula dos mesmos”.
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Caso aconteça algo, quando os pais devem ligar para o pediatra e quando levar a uma emergência?
Em caso de acidentes, sempre a melhor recomendação é levar imediatamente a uma consulta presencial no pronto-atendimento local.
O médico finaliza dizendo que em caso de sintomas como febre, vômitos e diarreia, em um primeiro momento medicar, e então ligar para o pediatra assistente em busca de mais informações. Na dúvida ou não conseguindo contato, leve a uma emergência
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*Texto sob supervisão de Matheus Herbert.
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