Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
O exército tem a função de proteger o território nacional | Freepik
Você consegue imaginar o Brasil sem exército? Para muitos, essa situação é impossível, mas alguns países já aboliram suas forças armadas. Apesar dos motivos variados, todos eles criaram estratégias diferentes para garantir sua soberania.
Continua depois da publicidade
Influentes desde a idade antiga, as forças armadas têm um papel fundamental na história. O conceito moderno de país está intimamente relacionado à presença do exército que, nesse pensamento, serve para garantir a existência da nação e defender seu território.
Mas o papel do exército foi mudando ao longo do tempo. Hoje, além das funções originais, ele também serve como tradição e força política. Com essa mudança, alguns países transformaram sua estrutura para não depender mais de exércitos nacionais. Conheça alguns deles, e entenda suas motivações e como lidaram com essa decisão!
Bem no meio da América, a Costa Rica desafiou o sistema internacional em 1948 ao extinguir suas forças militares. O país foi o primeiro do mundo a abandonar o exército e investir em uma força civil, economizando dinheiro e garantindo a democracia.
Continua depois da publicidade
A América Latina, no geral, tem vasto histórico de intervenção militar na política, mas a Costa Rica vai na contramão de seus vizinhos. A decisão de abolir a instituição veio depois do fim de uma guerra que custou muito aos cofres do país.
Com a redução de custos, a nação conseguiu investir na saúde e na educação. Segundo estudo do Observatório de Desenvolvimento da Universidade da Costa Rica, isso permitiu que o país tivesse um nível de bem-estar mais elevado que seus vizinhos.
A Islândia está numa posição estratégica na Europa, no oceano entre o continente e os Estados Unidos. ela não possui um exército próprio para defender seu território desde 1869, mas tem sua segurança garantida pelos Estados Unidos desde 1951, por conta de um acordo bilateral.
Continua depois da publicidade
Membro fundador da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a Islândia é protegida por seus aliados ocidentais. Estados Unidos, França, Reino Unido e outros integrantes têm a obrigação de defender o país em qualquer tentativa de invasão.
O Principado de Liechtenstein, que tem cerca de 40 mil habitantes, é uma das menores nações da Europa. O país aboliu seu exército há mais de 150 anos, em 1868, por conta do alto custo de manutenção e preparo das forças armadas.
Desde então, o país adotou uma política de neutralidade, confiando em sua pequena dimensão territorial e em relações diplomáticas para garantir sua soberania.
Continua depois da publicidade
A segurança interna é assegurada por sua força policial civil. Tratados e acordos com países vizinhos, como Suíça e Áustria, contribuem para a estabilidade e defesa do principado.
Na ligação entre as Américas, o Panamá tem uma posição fundamental para o sistema internacional. O país aboliu suas forças armadas em 1990, depois da invasão dos Estados Unidos no final de 1989.
A operação militar, conhecida como “Just Cause”, tinha como objetivo tirar do poder o ditador Manuel Noriega, acusado de diversos crimes. Com as tropas norte-americanas e a nova democracia, o Panamá extinguiu suas forças armadas, buscando evitar futuras instabilidades.
Continua depois da publicidade
A decisão também está relacionada com o Canal do Panamá, passagem comercial que foi controlada pelos EUA até 1999. O retorno do Canal ao controle panamenho foi garantido em 1977, mas a desmilitarização anos depois garantiu maior confiança do sistema internacional.
Hoje, o país mantém sua soberania com instituições civis de segurança. A desmilitarização permitiu que o Panamá priorizasse o desenvolvimento econômico e consolidasse sua posição como um centro logístico e financeiro global, mantendo o Canal como um símbolo de paz e cooperação internacional.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade