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Por que alguns países não têm exército? Conheça estratégias de defesa surpreendentes

Entre cortes de custo e acordos internacionais, nações garantem a soberania nacional sem o poder militar

Gabriela Barbosa

11/04/2025 às 15:50

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O exército tem a função de proteger o território nacional

O exército tem a função de proteger o território nacional | Freepik

Você consegue imaginar o Brasil sem exército? Para muitos, essa situação é impossível, mas alguns países já aboliram suas forças armadas. Apesar dos motivos variados, todos eles criaram estratégias diferentes para garantir sua soberania.

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Influentes desde a idade antiga, as forças armadas têm um papel fundamental na história. O conceito moderno de país está intimamente relacionado à presença do exército que, nesse pensamento, serve para garantir a existência da nação e defender seu território.

As Forças Armadas não são compostas apenas pelo exército (Foto: Divulgação/Exército Brasileiro)
As Forças Armadas não são compostas apenas pelo exército (Foto: Divulgação/Exército Brasileiro)
A marinha também é parte das Forças Armadas (Foto: Reprodução/Agência Marinha)
A marinha também é parte das Forças Armadas (Foto: Reprodução/Agência Marinha)
Outro pilar das Forças Armadas é a aviação militar (Foto: Divulgação/FAB)
Outro pilar das Forças Armadas é a aviação militar (Foto: Divulgação/FAB)

Mas o papel do exército foi mudando ao longo do tempo. Hoje, além das funções originais, ele também serve como tradição e força política. Com essa mudança, alguns países transformaram sua estrutura para não depender mais de exércitos nacionais. Conheça alguns deles, e entenda suas motivações e como lidaram com essa decisão!

Costa Rica

A Costa Rica fica no meio da América Central (Foto: Wikimedia Commons)A Costa Rica fica no meio da América Central (Foto: Wikimedia Commons)

Bem no meio da América, a Costa Rica desafiou o sistema internacional em 1948 ao extinguir suas forças militares. O país foi o primeiro do mundo a abandonar o exército e investir em uma força civil, economizando dinheiro e garantindo a democracia.

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A América Latina, no geral, tem vasto histórico de intervenção militar na política, mas a Costa Rica vai na contramão de seus vizinhos. A decisão de abolir a instituição veio depois do fim de uma guerra que custou muito aos cofres do país.

Com a redução de custos, a nação conseguiu investir na saúde e na educação. Segundo estudo do Observatório de Desenvolvimento da Universidade da Costa Rica, isso permitiu que o país tivesse um nível de bem-estar mais elevado que seus vizinhos.

Islândia

A Islândia é uma ilha no Oceano Atlântico, entre os Estados Unidos e a Europa (Foto: Wikimedia Commons)A Islândia é uma ilha no Oceano Atlântico, entre os Estados Unidos e a Europa (Foto: Wikimedia Commons)

A Islândia está numa posição estratégica na Europa, no oceano entre o continente e os Estados Unidos. ela não possui um exército próprio para defender seu território desde 1869, mas tem sua segurança garantida pelos Estados Unidos desde 1951, por conta de um acordo bilateral.

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Membro fundador da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a Islândia é protegida por seus aliados ocidentais. Estados Unidos, França, Reino Unido e outros integrantes têm a obrigação de defender o país em qualquer tentativa de invasão.

Liechtenstein

O Liechtenstein é um pequeno principado entre a Suíca e a Áustria (Foto: Wikimedia Commons)O Liechtenstein é um pequeno principado entre a Suíca e a Áustria (Foto: Wikimedia Commons)

O Principado de Liechtenstein, que tem cerca de 40 mil habitantes, é uma das menores nações da Europa. O país aboliu seu exército há mais de 150 anos, em 1868, por conta do alto custo de manutenção e preparo das forças armadas.

Desde então, o país adotou uma política de neutralidade, confiando em sua pequena dimensão territorial e em relações diplomáticas para garantir sua soberania. 

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A segurança interna é assegurada por sua força policial civil. Tratados e acordos com países vizinhos, como Suíça e Áustria, contribuem para a estabilidade e defesa do principado.

Panamá

O Panamá é a ligação entre a América do Sul e a América Central (Foto: Wikimedia Commons)O Panamá é a ligação entre a América do Sul e a América Central (Foto: Wikimedia Commons)

Na ligação entre as Américas, o Panamá tem uma posição fundamental para o sistema internacional. O país aboliu suas forças armadas em 1990, depois da invasão dos Estados Unidos no final de 1989. 

A operação militar, conhecida como “Just Cause”, tinha como objetivo tirar do poder o ditador Manuel Noriega, acusado de diversos crimes. Com as tropas norte-americanas e a nova democracia, o Panamá extinguiu suas forças armadas, buscando evitar futuras instabilidades.

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A decisão também está relacionada com o Canal do Panamá, passagem comercial que foi controlada pelos EUA até 1999. O retorno do Canal ao controle panamenho foi garantido em 1977, mas a desmilitarização anos depois garantiu maior confiança do sistema internacional.

Hoje, o país mantém sua soberania com instituições civis de segurança. A desmilitarização permitiu que o Panamá priorizasse o desenvolvimento econômico e consolidasse sua posição como um centro logístico e financeiro global, mantendo o Canal como um símbolo de paz e cooperação internacional.

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