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Terminal de "navio-bomba" é para transferência do terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito | Divulgação
Os moradores e entidades de Santos, no litoral de SP, mobilizaram uma audiência na Câmara de Santos na segunda-feira (15). A solicitação é para transferência do terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL).
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O terminal de "navio-bomba", como é chamado o GNL, prevê a capacidade de receber gás importado que deve chegar em um outro grande navio com baixa temperatura (-165ºC). Ambos serão ligados e o primeiro fará o processo de regaseificação e distribuição para os gasodutos.
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O sistema de recebimento do GNL deve ficar na altura do Largo do Canéu. O gás seria conduzido por uma tubulação de oito quilômetros de extensão, parcialmente submersa, até Cubatão. Na época em que foi divulgado, o investimento previsto era de R$ 354 milhões.
Segundo especialistas o problema principal é a localização do terminal, próximo ao canal de navegação, aumentando as chances de colisão entre navios carregados de gás com os demais, e de explosões. A proximidade do terminal com bairros muito povoados em Cubatão, Santos e Guarujá é outra preocupação.
O pesquisador Jeffer Castelo Branco, do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Saúde Socioambiental da Universidade Federal de São Paulo (Nepssa/Unifesp), afirmou que o risco é grande e piora ainda mais com a omissão da Cetesb para a situação.
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Segundo o especialista, as estatísticas e dados passam uma idéia da vulnerabilidade da região em relação a acidentes com gás. “Não temos nada contra o empreendimento. Infelizmente ainda somos muito dependentes desse gás. Mas um acidente aqui tiraria o porto de operação", comentou.
Santos já registrou casos de explosões como o da Ultracargo Santos, que provocou a morte de cerca de oito toneladas de peixes, afetou o tráfego de caminhões, a atracação de navios no Porto de Santos e mudou a rotina de moradores da região.
Um outro problema parecido ocorreu em Cubatão, com a explosão de uma fábrica de fertilizantes, gerando uma nuvem tóxica que se espalhou na região.
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*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita
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