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O autismo é dividido em três graus; entenda cada um deles | Freepik
Há uma polêmica recente na internet a respeito de suporte de autismo, isso porque dependendo do grau do autismo, maior o suporte que a pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) vai precisar.
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Por isso a Gazeta conversou com a neuropediatra Maria Regina do Prontobaby – Hospital da Criança, que explicou como os níveis de autismo são definidos, quais são eles e os desafios enfrentados por pessoas autistas. Confira abaixo:
O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno do neurodesenvolvimento. Pode atingir todas as áreas do desenvolvimento da criança, como as áreas de motor fino, motor amplo, cognitivo, comportamental.
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Essas áreas mais envolvidas são as áreas da linguagem e da comunicação. O nível de suporte significará o quanto apoio aquela criança vai precisar para conseguir ter uma comunicação efetiva, algum desenvolvimento pedagógico, como ela vai ser no futuro.
O autista de grau 1 segundo a neuropediatra é uma pessoa que necessita de um suporte como terapia, e às vezes uma mediação escolar. Dentre as características estão:
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Isso ocorre porque o autista é muito rígido naquilo que se diz em relação à linguagem. Um exemplo clássico é usar figuras de linguagem para se expressar como a famosa frase “fome de um elefante”.
Se você fala que está com fome de um elefante, ele vai pensar em um elefante, no animal. Ele não vai entender que você está falando porque um elefante é uma coisa grande e a sua fome está grande. Ele entende tudo no sentido muito literal das coisas.
A psicóloga reforça que se a pessoa com TEA tiver o devido acompanhamento multidisciplinar desenhado em cada caso, a pessoa com grau de autismo 1 pode viver tranquilamente e não têm deficiência intelectual.
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O nível 2 de suporte é uma pessoa um pouco mais grave assim como grau um, é indispensável que essas pessoas sejam acompanhadas por uma equipe multidisciplinar para melhorar a qualidade de vida. Visto que durante a vida elas possam adquirir:
O grau 3 de suporte é aquela pessoa que também vai precisar de terapias e acompanhamento multidisciplinar. Visto que pessoas com esse grau apresentam ajuda para atividades básicas da vida diária como;
Essa é a pessoa que dificilmente vai ser funcional sozinha, independentemente para a sua vida do dia a dia.
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A médica Maria Regina explica que a um estereótipo que o grau 1 de suporte seja leve, fácil de se lidar, por isso a comunidade médica mudou esse nome para grau. A neuropediatra esclarece que o entendimento e acompanhamento multiciplinar é importante indiferente do grau, visto que as seguintes medidas medicas podem melhorar de qualidade de vida do autismo:
É importante reforçar que não é que o grau 1 vai precisar de menos terapia, muito pelo contrário, quanto mais terapia ele tiver, melhor ele pode ficar, porque o potencial dele é maior.
Maria Regina afirma que não se pode ter esperar que uma pessoa de grau de autismo 3 atinja o mesmo sucesso do grau 1. Visto que a condições de frequentar a escola e se desenvolver profissionalmente é maior para as pessoas que têm grau de autismo nível 1 do que um nível 2 ou 3.
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A maioria deles terá que ter um mediador na vida acadêmica, que ajudará na criação de objetivos para essa criança se desenvolver em um ritmo que para crianças sem o TEA que não podem ser os mesmos do ano que ela está cursando.
Por isso existe uma coisa muito importante chamada plano educacional individual, que é o plano que cada criança incluída tem que ter, que são: os seus objetivos, os seus talentos, as suas dificuldades, tudo planejado para ter metas para ela.
“Incluir não é só colocar a criança dentro da escola regular e dizer que ela está incluída. Isso não é inclusão. Inclusão é uma coisa muito mais profunda do que isso. É você ter objetivos reais para aquela criança. É você acreditar que aquela criança é capaz de um monte de coisas se você conseguir adequar a forma de chegada a ela. Daí é tão necessária a presença do mediador, principalmente para os graus 2 e 3 de suporte.” sinaliza a profissional
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A médica finaliza dizendo que a sociedade tem que entender que daqui a uma geração, a gente vai ter pessoas com diagnóstico e essas pessoas vão estar trabalhando.
“Seu médico pode ser autista, seu fisioterapeuta pode ser autista, o gerente do seu banco pode ser autista. O autista grau 1 de suporte, principalmente com bom potencial cognitivo, pode ser o que ele quiser. Mas a sociedade vai ter que entender que ele tem um diagnóstico, porque essas pessoas existem, só que elas não tinham diagnóstico”, finaliza ela.
*Texto sob supervisão de Suzana Rodrigues.
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