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Na tentativa de amenizar esse problema, a capital paulista investiu em ciclovias para tentar incentivar o crescimento do uso de bicicletas | Marcos Santos/Divulgação/Governo de SP
Mais populosa cidade do Brasil, São Paulo é conhecida por possuir um trânsito pesado. Na tentativa de amenizar esse problema, a capital paulista investiu em ciclovias para tentar incentivar o crescimento do uso de bicicletas e a consequente queda no trânsito e também na poluição no município.
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Mas a medida causou uma série de polêmicas. Relembre abaixo a história das ciclovias de São Paulo.
A primeira ciclovia de São Paulo foi construída em 1976 na Avenida Juscelino Kubitschek. Essa ciclovia, conhecida como a primeira infraestrutura cicloviária da cidade, tinha uma extensão de 1.800 metros. No entanto, em 1988, esta ciclovia foi substituída por um túnel rodoviário
O primeiro Plano de Ciclovias em São Paulo foi proposto em 1981, contemplando uma rede de 174 km que interligaria diversas regiões da cidade. No entanto, esse plano inicial não chegou a ser implementado na época.
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Mais de uma década depois, em 1994, um novo Plano Cicloviário foi elaborado. Este plano revisou algumas das vias já consideradas anteriormente e propôs a integração de ciclovias em áreas de lazer como parques e praças.
Apesar de algumas ciclovias importantes, como as da Avenida Sumaré e da Avenida Faria Lima, terem sido desenvolvidas, a falta de continuidade nas implantações resultou na transformação de muitas ciclovias planejadas em calçadas.
Durante a gestão de Fernando Haddad (PT) como prefeito, de 2013 a 2016, houve uma expansão na infraestrutura cicloviária com a concretização de 400 km de ciclovias. Essa expansão incluiu a integração das ciclovias com outros modais de transporte.
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Além disso, Haddad implementou políticas que permitiam o transporte de bicicletas em alguns ônibus, em horários determinados, para facilitar a mobilidade dos ciclistas na cidade
Para quem anda de bicicleta em São Paulo, é necessário entender como cada espaço é chamado. As denominações são as seguintes:
Ciclovia da Avenida Paulista: com aproximadamente 3 km de extensão, esta ciclovia foi costruída no canteiro central e vai da Praça Oswaldo Cruz até a Avenida Angélica.
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Ciclovia Rio Pinheiros: Esta é uma das maiores ciclovias, com mais de 20 km de extensão ao longo do rio Pinheiros. É bem utilizada por ciclistas que buscam tanto um percurso para treinos mais longos quanto por quem trabalha na região.
Ciclofaixa Rebouças: localizada próxima à Avenida Paulista, a Avenida Rebouças também conta com uma ciclofaixa importante que facilita o trânsito de ciclistas entre importantes regiões da cidade.
Em São Paulo, a integração entre bicicletas e o sistema de metrô visa facilitar o uso combinado destes meios de transporte. As bicicletas podem ser transportadas nos trens do Metrô e da CPTM durante certos horários, especificamente de segunda a sexta entre 10h e 16h e após as 21h até o fechamento do sistema, e durante todo o horário de operação aos sábados, domingos e feriados.
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É permitido um máximo de quatro bicicletas por trem, sempre no último vagão. Bicicletas dobráveis podem ser transportadas a qualquer hora, contanto que estejam embaladas adequadamente.
Além disso, várias estações oferecem bicicletários, facilitando para os usuários que desejam deixar suas bicicletas de forma segura enquanto utilizam o transporte público. Estações como Sé, Corinthians/Itaquera, e outras possuem bicicletários que operam em horários específicos, geralmente coincidindo com o horário de operação do metrô.
O aumento das ciclovias na gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) foi acompanhado por críticas relacionadas à localização e infraestrutura de algumas dessas ciclovias e com reclamações sobre obstruções como postes em suas trajetórias.
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A implementação de faixas exclusivas para bicicletas em 2014 gerou controvérsias, particularmente devido à resistência dos motoristas em respeitar as novas regras, frequentemente invadindo essas faixas.
Essa resistência resultou em um número significativo de multas por infrações relacionadas à segurança dos ciclistas.
Entre 1º de janeiro e 5 de setembro de 2014, foram registradas aproximadamente 13.752 multas, representando o dobro do total de multas aplicadas no mesmo período do ano anterior.
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Fernando Haddad enfrentou ações judiciais por suposto superfaturamento na construção da ciclovia Ceagesp-Ibirapuera, que tem 12,4 km de extensão. A obra, realizada durante seu mandato, foi contratada sem licitação e iniciou uma investigação pelo Ministério Público em 2016, o último ano de Haddad como prefeito.
O Ministério Público alegou que cada quilômetro da ciclovia custou R$ 4,418 milhões, um valor considerado quase seis vezes superior ao pago em construções semelhantes por governos anteriores, com a mesma empresa. Essa discrepância levou à acusação de improbidade administrativa, e a ação judicial resultante solicitava o ressarcimento integral dos possíveis danos aos cofres públicos.
As ciclovias construídas, incluindo a da Ceagesp-Ibirapuera, têm um total de 12,4 km de extensão e atravessam áreas de alto poder aquisitivo de São Paulo, como Alto de Pinheiros e Moema, passando também pela Avenida Brigadeiro Faria Lima
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Após a gestão de Fernando Haddad como prefeito de São Paulo, a cidade continuou a desenvolver e ajustar suas políticas de mobilidade urbana.
As ciclovias e ciclofaixas mantiveram uma posição central na infraestrutura de transporte da cidade. Os investimentos persistiram e novos planos de mobilidade foram criados para integrar as ciclovias com outros sistemas de transporte, como o metrô e os ônibus.
A pesquisa "Origem e Destino", realizada na Região Metropolitana de São Paulo, indicou um crescimento no uso da bicicleta como meio de transporte, evidenciando uma preferência crescente pela bicicleta não somente como opção de lazer, mas também como alternativa para viagens diárias.
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Esse aumento foi suportado pela expansão da malha cicloviária, que viu a implementação de mais ciclovias e melhorias nas infraestruturas existentes.
As políticas seguintes continuaram a promover a bicicleta como uma opção segura e eficaz para o transporte urbano, destacando sua contribuição para a redução do congestionamento, melhoria da qualidade do ar e promoção da saúde pública.
Assim, mesmo após o término do mandato de Haddad, São Paulo prosseguiu com a integração e o desenvolvimento de suas políticas cicloviárias.
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