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Em 2023, foi aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma nova vacina para malária | Freepik
A malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo microrganismo Plasmodium.
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Contudo, o que chama a atenção, é que, atualmente, existe apenas uma vacina disponível contra a doença, mas de alto custo e de alta dificuldade de fabricação. Sendo assim, todas as pessoas estão vulneráveis a acabarem se contaminando com a malária.
Em 2023, foi aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma nova vacina, com custo mais baixo e de fabricação mais fácil.
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Ambas as vacinas contra a malária têm em sua composição dois antígenos, sendo um o da superfície do vírus da hepatite B e o outro da malária, do parasita Plasmodium falciparum.
Tanto a RTS,S quando a R21 têm eficácias semelhantes de cerca de 75% quando aplicadas antes da temporada de transmissão máxima da doença.
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Veja abaixo uma breve comparação entre a vacina atual e a nova projetada:
A única vacina disponível atualmente, a chamada "RTS,S", custa cerca de US$9,80 por dose (aproximadamente R$51, em conversão direta), e é considerada de difícil produção.
Para ela, há cerca de 25 microgramas por dose. Na RTS,S, há um antígeno a cada cinco moléculas.
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Já a nova vacina, chamada de "R21" traz um custo menor de produção e maior facilidade de produção.
A R21 possui cinco microgramas de antígeno em cada dose (20 a menos que na RTS,S) e um antígeno da malária a cada molécula da vacina. Com isso, a resposta pode ser também, mais duradoura na nova fórmula.
O antígeno é mais fácil e barato de fabricar. Em geral, cada dose de R21 custa entre US$2 e US$4 (de R$10,4 a R$20,8, em conversão direta), valor muito inferior ao da atual vacina.
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Até agora, a vacina R21 já foi aprovada em Burkina Faso, Gana e Nigéria. A previsão é que a nova vacina esteja disponível a partir de meados de 2024. O Instituto Serum da Índia, que irá produzir o imunizante, afirma ter capacidade para produzir mais de 100 milhões de doses por ano.
Em geral, isso é 40 vezes mais que a quantidade de RTS,S produzidas ao ano.
Para garantir essa proteção atestada, a R21 deve ser aplicada em três doses antes, do pico sazonal da malária. Depois de 12 meses, as crianças devem receber uma dose de reforço para manter a proteção.
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Mary Hamel, epidemiologista que lidera o programa de implementação de vacinas contra a malária da OMS, afirmou que "os dados até o momento não nos permitem dizer que uma vacina funciona melhor do que a outra".
Ou seja, a nova vacina contra malária vem para complementar o sistema de imunização mundial, mas não para retirar a outra opção do mercado.
Assim, países em breve terão a opção de escolher entre as duas vacinas. Agora, o desafio é que elas cheguem às crianças para cumprir com seu efeito de proteção.
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