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Vacina contra Malária: Saiba como está o andamento

Nova vacina, chamada de 'R21', foi projetada para ser mais barata e fácil de produzir do que a única opção disponível atualmente

Leonardo Sandre

25/04/2024 às 12:00  atualizado em 18/07/2024 às 17:15

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Em 2023, foi aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma nova vacina para malária

Em 2023, foi aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma nova vacina para malária | Freepik

A malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo microrganismo Plasmodium.

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Contudo, o que chama a atenção, é que, atualmente, existe apenas uma vacina disponível contra a doença, mas de alto custo e de alta dificuldade de fabricação. Sendo assim, todas as pessoas estão vulneráveis a acabarem se contaminando com a malária.

Em 2023, foi aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma nova vacina, com custo mais baixo e de fabricação mais fácil.

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A nova vacina e a diferença da atual

Ambas as vacinas contra a malária têm em sua composição dois antígenos, sendo um o da superfície do vírus da hepatite B e o outro da malária, do parasita Plasmodium falciparum.

Tanto a RTS,S quando a R21 têm eficácias semelhantes de cerca de 75% quando aplicadas antes da temporada de transmissão máxima da doença. 

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Veja abaixo uma breve comparação entre a vacina atual e a nova projetada:

RTS,S (atual)

A única vacina disponível atualmente, a chamada "RTS,S", custa cerca de US$9,80 por dose (aproximadamente R$51, em conversão direta), e é considerada de difícil produção.

Para ela, há cerca de 25 microgramas por dose. Na RTS,S, há um antígeno a cada cinco moléculas. 

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R21

Já a nova vacina, chamada de "R21" traz um custo menor de produção e maior facilidade de produção.

A R21 possui cinco microgramas de antígeno em cada dose (20 a menos que na RTS,S) e um antígeno da malária a cada molécula da vacina. Com isso, a resposta pode ser também, mais duradoura na nova fórmula.

O antígeno é mais fácil e barato de fabricar. Em geral, cada dose de R21 custa entre US$2 e US$4 (de R$10,4 a R$20,8, em conversão direta), valor muito inferior ao da atual vacina.

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Produção e aprovação

Até agora, a vacina R21 já foi aprovada em Burkina Faso, Gana e Nigéria. A previsão é que a nova vacina esteja disponível a partir de meados de 2024. O Instituto Serum da Índia, que irá produzir o imunizante, afirma ter capacidade para produzir mais de 100 milhões de doses por ano.

Em geral, isso é 40 vezes mais que a quantidade de RTS,S produzidas ao ano.

Para garantir essa proteção atestada, a R21 deve ser aplicada em três doses antes, do pico sazonal da malária. Depois de 12 meses, as crianças devem receber uma dose de reforço para manter a proteção.

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Ampliar as opções de vacinação

Mary Hamel, epidemiologista que lidera o programa de implementação de vacinas contra a malária da OMS, afirmou que "os dados até o momento não nos permitem dizer que uma vacina funciona melhor do que a outra".

Ou seja, a nova vacina contra malária vem para complementar o sistema de imunização mundial, mas não para retirar a outra opção do mercado. 

Assim, países em breve terão a opção de escolher entre as duas vacinas. Agora, o desafio é que elas cheguem às crianças para cumprir com seu efeito de proteção.

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