Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Para quem ainda não parou de fumar, há uma estratégia que reforça não só o lado do prejuízo ao corpo, mas também trata o lado psicossocial: os grupos antitabagistas | Reza Mehrad/Unsplash
O hábito de fumar está associado não só à dependência química pela nicotina, mas também pelo uso indiscriminado por décadas do cigarro em todos os ambientes. Contudo, desde 2006 o Brasil adota leis que restringem o ato em locais públicos e privados.
Continua depois da publicidade
Siga as notícias da Gazeta de S.Paulo no Google Notícias
Para quem ainda não parou de fumar, há uma estratégia que reforça não só o lado do prejuízo ao corpo, mas também trata o lado psicossocial: os grupos antitabagistas.
A pneumologista Fernanda Baccelli, do Hospital Santa Isabel, explicou com mais detalhes a importãncia destes grupos.
Continua depois da publicidade
Faça parte do grupo da Gazeta no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.
O número de fumantes no Brasil vem caindo com o passar dos anos: em 2006, eram 15,7% da população acima de 18 anos; já em 2021, o percentual caiu para 9,1%. Esses dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde nas 26 capitais e no Distrito Federal.
Todavia, um dado colhido 2023 pelo Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel), realizado pela entidade da sociedade civil Vital Strategies em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), mostra que um quarto dos jovens brasileiros em idade de 18 a 24 anos referiram que já experimentaram cigarros eletrônicos.
Continua depois da publicidade
Dentro do grupo, todas as queixas dos pacientes são encaminhadas para os especialistas.
"A avaliação multidisciplinar é capaz de identificar se o paciente tem doenças cardiovasculares e pulmonares, distúrbios de ansiedade e alimentar. Nos grupos os pacientes são acolhidos e têm suas queixas encaminhadas aos profissionais mais adequados as suas condições clínicas", disse a médica.
Todos os pacientes tem de fazer um exame inicial.
Continua depois da publicidade
"Em primeiro lugar é preciso que o paciente passe por um check-up, uma espécie de rastreio de doenças", explicou.
A atenção é maior com fumantes com mais de 50 anos:
"Pessoas com mais de 50 anos, que tem uma carga de cigarro alta, passa por tomografia anualmente para uma busca ativa do câncer de pulmão, do mesmo modo é preciso passar por uma busca ativa de provas de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), através da prova de função pulmonar", afirmou ela.
Continua depois da publicidade
O fim do fumo não significa ganhar peso, isso ocorre apenas em casos de que, para substituir o cigarro, a pessoa passe a comer mais.
"Um grupo antitabagista precisa contar com uma nutricionista, que trabalha lado a lado com a pessoa que tem medo de parar de fumar por conta da obesidade. Isso acontece pelo fato de que parando de fumar acaba comendo mais. Paralelamente, é preciso mudar o estilo de vida", informou a pneumologista.
"Os pacientes também tem que passar por um psicólogo para identificar indícios de ansiedade ou de compulsão. Dependendo do nível, é preciso passar ainda por um psiquiatra, que vai identificar o nível de dependência do tabagismo", concluiu.
Continua depois da publicidade
Para conseguir parar de fumar, muitas pessoas passam a receber a prescrição de medicamentos e até adesivos com nicotina.
"Isso varia de pessoa para pessoa: medicamento via oral, adesivos, pastilhas, ou seja, conforme a avaliação individual com médico, ou até avaliação conjunta, dependendo do nível de ansiedade ou se a pessoa tem múltiplas dependências, como álcool e drogas associados, é feita uma abordagem".
Os gatilhos que fazem as pessoas procurarem por cigarro também são investigados:
Continua depois da publicidade
"Os especialistas avaliam também a parte cognitiva comportamental e dão orientações individualizadas sobre os gatilhos que fazem pegar o cigarro, sugestões de alternativas para fazer modificação de hábitos. E isso é um dos ganhos para quem participa de grupos antitabagistas multidisciplinares", finalizou Fernanda Baccelli.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade