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Quer parar de fumar? Saiba mais sobre os grupos antitabagistas

Houve uma diminuição do número de fumantes no Brasil ao longo dos últimos anos

Leonardo Sandre

30/03/2024 às 12:00  atualizado em 19/07/2024 às 11:41

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Para quem ainda não parou de fumar, há uma estratégia que reforça não só o lado do prejuízo ao corpo, mas também trata o lado psicossocial: os grupos antitabagistas

Para quem ainda não parou de fumar, há uma estratégia que reforça não só o lado do prejuízo ao corpo, mas também trata o lado psicossocial: os grupos antitabagistas | Reza Mehrad/Unsplash

O hábito de fumar está associado não só à dependência química pela nicotina, mas também pelo uso indiscriminado por décadas do cigarro em todos os ambientes. Contudo, desde 2006 o Brasil adota leis que restringem o ato em locais públicos e privados.

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Para quem ainda não parou de fumar, há uma estratégia que reforça não só o lado do prejuízo ao corpo, mas também trata o lado psicossocial: os grupos antitabagistas.

A pneumologista Fernanda Baccelli, do Hospital Santa Isabel, explicou com mais detalhes a importãncia destes grupos.

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Queda no número de fumantes mas vício em cigarros eletrônicos

O número de fumantes no Brasil vem caindo com o passar dos anos: em 2006, eram 15,7% da população acima de 18 anos; já em 2021, o percentual caiu para 9,1%. Esses dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde nas 26 capitais e no Distrito Federal. 

Todavia, um dado colhido 2023 pelo Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel), realizado pela entidade da sociedade civil Vital Strategies em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), mostra que um quarto dos jovens brasileiros em idade de 18 a 24 anos referiram que já experimentaram cigarros eletrônicos.

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Para que serve e qual é o diferencial de um grupo antitabagista?

Dentro do grupo, todas as queixas dos pacientes são encaminhadas para os especialistas.

"A avaliação multidisciplinar é capaz de identificar se o paciente tem doenças cardiovasculares e pulmonares, distúrbios de ansiedade e alimentar. Nos grupos os pacientes são acolhidos e têm suas queixas encaminhadas aos profissionais mais adequados as suas condições clínicas", disse a médica.

Quais outras avaliações são feitas normalmente por profissionais de saúde nesses grupos?

Todos os pacientes tem de fazer um exame inicial.

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"Em primeiro lugar é preciso que o paciente passe por um check-up, uma espécie de rastreio de doenças", explicou.

A atenção é maior com fumantes com mais de 50 anos:

"Pessoas com mais de 50 anos, que tem uma carga de cigarro alta, passa por tomografia anualmente para uma busca ativa do câncer de pulmão, do mesmo modo é preciso passar por uma busca ativa de provas de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), através da prova de função pulmonar", afirmou ela.

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Algumas pessoas acreditam que parar de fumar engorda, mas o grupo também trabalha esse receio

O fim do fumo não significa ganhar peso, isso ocorre apenas em casos de que, para substituir o cigarro, a pessoa passe a comer mais.

"Um grupo antitabagista precisa contar com uma nutricionista, que trabalha lado a lado com a pessoa que tem medo de parar de fumar por conta da obesidade. Isso acontece pelo fato de que parando de fumar acaba comendo mais. Paralelamente, é preciso mudar o estilo de vida", informou a pneumologista.

"Os pacientes também tem que passar por um psicólogo para identificar indícios de ansiedade ou de compulsão. Dependendo do nível, é preciso passar ainda por um psiquiatra, que vai identificar o nível de dependência do tabagismo", concluiu.

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Os métodos para auxiliar no fim do vício

Para conseguir parar de fumar, muitas pessoas passam a receber a prescrição de medicamentos e até adesivos com nicotina.

"Isso varia de pessoa para pessoa: medicamento via oral, adesivos, pastilhas, ou seja, conforme a avaliação individual com médico, ou até avaliação conjunta, dependendo do nível de ansiedade ou se a pessoa tem múltiplas dependências, como álcool e drogas associados, é feita uma abordagem".

Os gatilhos que fazem as pessoas procurarem por cigarro também são investigados:

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"Os especialistas avaliam também a parte cognitiva comportamental e dão orientações individualizadas sobre os gatilhos que fazem pegar o cigarro, sugestões de alternativas para fazer modificação de hábitos. E isso é um dos ganhos para quem participa de grupos antitabagistas multidisciplinares", finalizou Fernanda Baccelli.
 

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