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Histórias paulistanas: A vendedora do Brás que se descobriu na profissão e transformou sua vida

Aline de Paula diz que 'nunca tinha pisado no Brás' sequer para comprar algo e agora não consegue se ver em outra ocupação

Joseph Silva

01/10/2024 às 07:01  atualizado em 01/10/2024 às 10:09

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Aline conta como dribla os momentos difíceis da profissão de vendedora

Aline conta como dribla os momentos difíceis da profissão de vendedora | Rovena Rosa/Agência Brasil

No Dia do Vendedor, celebrado em 1º de outubro, a história de Aline Lea de Paula (41), ganha destaque entre as muitas histórias dos profissionais do comércio paulistano no Brás, popular bairro de compras. Nascida em São Caetano do Sul, Aline nunca se imaginou trabalhando com vendas. Mas acabou se encontrando na profissão pelo poder de tocar vidas diariamente.

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"Eu achava que não tinha paciência para isso", diz ela, relembrando o início da carreira no comércio.

Criada por uma mãe solteira, que também era vendedora, Aline cresceu observando a dedicação e habilidade da mãe em diversas áreas do comércio. "Minha mãe vendia de tudo, desde materiais de construção até cosméticos. Ela era ótima, mas eu nunca pensei que seguiria o mesmo caminho", conta.

Formada em Turismo, Aline trabalhou em diferentes setores. Passou por um hotel da rede Accor, atuando na auditoria, e depois na empresa do irmão, cuidando da parte administrativa. "Eu nunca vendi nada, só cuidava da parte financeira", lembra Aline.

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Mas tudo mudou em 2023, quando seu irmão decidiu fechar a empresa e ofereceu a ela a oportunidade de assumir uma loja de folheados no Brás.

"Eu nunca tinha pisado no Brás, nem para fazer compras", confessa. Mesmo assim, ela resolveu arriscar. "No começo, eu fiquei receosa, mas logo percebi que eu tinha jeito para isso". E Aline não apenas se adaptou, como se encontrou na profissão.

O prazer de atender pessoas 

Hoje, à frente da loja Joia Rara Folheados, localizada no Circuito de Compras - Feira da Madrugada -, Aline abre as portas todos os dias às 5 da manhã com um sorriso no rosto. "Eu adoro conversar com as pessoas. Cada cliente é único, e isso me motiva a continuar", afirma.

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Ela compartilha histórias de clientes que marcaram sua trajetória, como a de uma mulher recém-separada, que foi até sua loja em busca de algo mais do que apenas bijuterias.

"Ela me disse que não sabia mais como se arrumar. Ajudei a montar um look completo com acessórios e, no final, ela saiu tão feliz que aquilo me tocou profundamente", relembra.

O lado difícil 

O caminho, porém, não é isento de desafios. "Agosto foi um mês difícil. As vendas caíram, e eu me vi sem saber se conseguiria pagar todas as contas", revela Aline.

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Mas, para driblar a fase ruim, ela investiu em promoções e parcerias com influenciadores digitais, o que ajudou a loja a voltar aos trilhos. "Fiz o que pude para atrair mais clientes. Às vezes, é preciso se reinventar", diz.

Para quem pensa em seguir o caminho das vendas, Aline tem um conselho valioso: "A melhor propaganda é o boca a boca. Se você tratar bem a pessoa, ela volta, mesmo que não compre nada no primeiro dia", acrescenta.

Filho é motivação extra na loja 

Além do sucesso nas vendas, Aline também tem orgulho de envolver a família no negócio. Seu filho Nicolas, de 13 anos, a ajuda nos fins de semana e nas férias escolares.

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"Ele é um ótimo vendedor. Fica na porta chamando os clientes, distribui panfletos e faz as contas de cabeça. Eu fico impressionada", diz ela.

A trajetória de Aline, que começou por acaso, é uma inspiração no Dia do Vendedor. "Hoje, eu não trocaria o que faço por nada. É um trabalho que me dá prazer, não apenas pelo dinheiro, mas pelas conexões que crio com as pessoas", completa.

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