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Um levantamento de 2018 do IBGE apontou que, naquele ano, quase 60% dos divórcios foram motivados por problemas financeiros | Rawpixel.com/Freepik
Não é segredo que as questões financeiras podem impactar de forma negativa um relacionamento. Um levantamento de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que, naquele ano, quase 60% dos divórcios foram motivados por problemas financeiros.
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Para contornar tal situação, especialistas ouvidos pela Gazeta de S. Paulo, dão o seguinte conselho: diálogo!
“Diante de qualquer problema ou qualquer desacordo, é importante que o casal busque conversar e alinhe suas expectativas. Essa é a melhor posição para que se resolvam problemas financeiros”, diz a psicóloga Mayara Salgado de Moraes, docente do curso de Psicologia do Centro Universitário Max Planck.
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A planejadora financeira Myrian Lund, professora de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), concorda. “Quando o casal não conversa sobre dinheiro, quando não sentam para conversar sobre os objetivos, o dinheiro pode se tornar uma questão.”
Entre as questões que podem fazer com que o dinheiro vire um problema, a educação financeira de cada um é algo que pode influenciar, como explica Edison de Oliveira, docente do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ).
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“Sem dúvida nenhuma, a questão de como lidar com o dinheiro é impactada por valores, costumes e hábitos, de pessoas que vêm de famílias diferentes. Um pode ter uma família um pouco mais conservadora, enquanto o outro pode vir de uma família com hábitos mais arrojados, dando valores a determinados gastos”, diz Edison.
Para superar as diferenças, o professor aconselha aos casais ter a mente aberta. “Um casal precisa ter a mente aberta para dar a devida importância às prioridades da outra pessoa e dialogar para entender o que é importante para o casal.”
Além disso, os especialistas acreditam ser essencial observar os hábitos financeiros do parceiro já no período de namoro.
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“A questão do dinheiro no relacionamento é uma consequência dos objetivos e valores de cada um, por isso tem que ter uma conversa antes, para ver se ambos possuem os mesmos objetivos. Durante o namoro, é importante observar, dialogar. Caso contrário, se os valores forem muito diferentes, depois do casamento pode gerar muitos conflitos”, alerta Myrian.
Para um relacionamento ter sucesso é importante que o casal tenha objetivos em comum e quando o assunto é dinheiro, não é diferente.
“O primeiro ponto quando trabalhamos finanças em um relacionamento é definir qual o objetivo do casal, eles precisam ter sonhos e objetivos juntos, senão cada um acaba remando para uma direção diferente”, diz Myrian.
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A planejadora alerta ainda para a importância de cada um do casal investir individualmente para a aposentadoria, bem como ter um investimento comum para a conquista dos objetivos da família.
Ter uma conta conjunta ou individual é um dos dilemas que mais impactam os casais. Entretanto, os especialistas dizem que não há uma resposta correta para tal dúvida.
“A conta conjunta, na minha opinião, tem um propósito muito interessante. Ela facilita o pagamento das obrigações que é comum do casal. Aquelas contas que faz parte da vida que se leva a dois”, observa Edison.
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Por outro lado, diz o professor, “se não houver harmonia, sincronização naquilo que deve ser pago, a conta conjunta pode trazer alguns conflitos, no sentido de utilizar um dinheiro que é de ambos para pagar coisas que é particular de cada um.”
Dessa forma, orienta Edison, vale o conselho do início do texto: diálogo para decidir o que é melhor para cada casal.
A divisão das contas é outra questão que costuma gerar dúvidas. Neste caso, os profissionais orientam que a divisão seja proporcional aos ganhos de cada um.
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Contudo, se o pacto do casal é de que um trabalhe, enquanto o outro fica em casa, se houver condições, o que trabalha deve fazer uma previdência para aquele que está trabalhando em casa ou está responsável pelos cuidados de terceiros.
“Normalmente, o que trabalha pode dar uma mesada ou pode haver uma conta conjunta com acesso para o que não trabalha arcar com suas despesas individuais”, indica Myrian.
“Nunca há receitas prontas para qualquer questão na vida a dois. O mais importante é sempre manter um diálogo aberto a respeito de desejos, problemas, dificuldades e quaisquer assunto da vida a dois. Isso vale para questões financeiras, filhos, cuidados gerais, planos futuros, entre outros”, finaliza Mayara.
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