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Os músculos faciais de pessoas com Parkinson podem não se mexer como deveriam por conta da falta de estímulos | Sabinevanerp | Pixabay
São Paulo observou um crescimento de 246% no número de casos de Parkinson. Segundo a Secretária Municipal da Saúde, foram 1.304 em 2021, contra 4.520 em 2024. O aumento se deve principalmente ao envelhecimento da população.
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Para enfrentar esse cenário, dois tratamentos se destacam, DBS e HIFU. Enquanto um modifica os neurônios por sinais elétricos, o outro usa o calor. A seguir, entenda melhor a doença e como a medicina tem alcançado resultados surpreendentes com esses tratamentos.
A Doença de Parkinson é uma síndrome composta pela lentidão de movimento e tremor de repouso, quando o corpo está relaxado. Ela é causada pela degeneração dos neurônios em uma área do cérebro chamada substância negra, onde se produz dopamina.
Esse neurotransmissor é responsável pela sensação de prazer e coordenação motora. Quando o corpo produz menos dopamina, inicia o quadro de rigidez e trepidações. A síndrome é degenerativa e não tem cura.
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No caso de pessoas com Parkinson avançado - pacientes que não respondem bem à medicação -, dois tratamentos são os mais tecnológicos no Brasil, o DBS (Estimulação Cerebral Profunda) e o HIFU (Ultrassom Focalizado de Alta Intensidade).
Ambos transformam a vida das pessoas. Descubra mais sobre os dois métodos a seguir.
O neurologista do Hospital das Clínicas Thiago Guimarães explica que, essa tecnologia estimula a forma como o cérebro processa o sinal dopaminérgico. Ou seja, faz o mesmo que os medicamentos para Parkinson, mas de forma elétrica.
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O fármaco mais conhecido é o Levodopa, que apesar de ser usado para a maioria dos casos, precisa de um tratamento complementar nos pacientes em estágio avançado.
“Um sinal comum a todos os casos [de pacientes em estado avançado] que precisam de tratamento alternativo, é a resposta ruim à Levodopa”, explica o dr. Thiago.
Quando o medicamento tem baixo efeito e o paciente apresenta flutuação motora - hora está bem e outra não -, o DBS entra em ação. Esse procedimento implanta eletrodos no cérebro para enviar sinais elétricos a áreas danificadas.
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Depois, um dispositivo similar a um marca-passo envia os sinais para o encéfalo, que proporciona alívio e diminuição nos principais sintomas do Parkinson.
Enquanto o DBS tem a função de melhorar os sintomas motores como um todo, o HIFU é usado principalmente para pessoas com tremor refratário - que não responde bem a medicamentos e a tecnologia anterior.
Diferente do DBS, esse método não precisa fazer uma cirurgia invasiva. Ondas de ultrassom geram calor em pontos profundos e específicos do cérebro, que modificam as áreas responsáveis pelos tremores.
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“[O tratamento] consegue simular a lesão antes de fazer a definitiva. Primeiro, ele aquece a região e vê se o tremor melhorou. Caso tenha tido um bom resultado clínico e nenhum efeito colateral, a intensidade aumenta e se faz a lesão definitiva”, esclarece Thiago.
O HIFU foi autorizado pela primeira vez para o tratamento da Doença de Parkinson em março de 2025, pelo Hospital Israelita Albert Einstein. O procedimento não usa anestesia geral e dura cerca de duas horas.
Os neurologistas defendem que a prática regular de exercícios físicos é fundamental na qualidade de vida dessas pessoas.
“Atividade física frequente de moderada e alta intensidade, é indispensável para uma boa evolução dos pacientes com a doença. Pois o sedentarismo pode contribuir para a depressão e mau controle dos sintomas motores”, afirma a dra. Isabela Ferreira, neurologista do Hospital Albert Einstein.
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Portanto, o exercício físico ajuda a retardar a progressão da doença, melhora a função motora, reduz a rigidez muscular, tremores e a lentidão dos movimentos. Além de combater a depressão, que é comum em pessoas com Parkinson.
Típico em pessoas da terceira idade, o Parkinson deve aumentar por causa do envelhecimento da população. De acordo com o IBGE, no Brasil, a tendência é que mais de 75 milhões de pessoas sejam idosas até 2070.
Por isso, novas tecnologias recebem atenção de médicos e pacientes, melhorando a vida das pessoas diagnosticadas. Para receber o diagnóstico da Doença de Parkinson, é necessário fazer uma avaliação com um neurologista.
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