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Principais sintomas da doença são identificado na pele | Freepik
A síndrome de Behçet é uma doença rara, inflamatória e crônica que afeta principalmente as artérias e veias de diversos tamanhos. Ela se manifesta inicialmente por meio de aftas e úlceras dolorosas na boca e nas partes genitais.
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Por ser desconhecida por grande parte da população, muitas pessoas ignoram os primeiros sintomas, o que pode levar a complicações mais graves.
De acordo com Rafael Alves Cordeiro, reumatologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), a síndrome de Behçet pode evoluir e comprometer articulações, sistema neurológico, olhos e outros órgãos.
Os sintomas iniciais da síndrome de Behçet incluem aftas dolorosas que podem se repetir por anos antes do diagnóstico. As úlceras genitais são observadas em cerca de 80% dos pacientes, enquanto as manifestações oculares afetam aproximadamente 50% dos casos.
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Esses sintomas, no entanto, podem ser confundidos com outras condições, como AIDS, lúpus e doença de Crohn, tornando a investigação médica essencial.
O reumatologista explica que a doença é marcada pela inflamação dos vasos sanguíneos, conhecida como vasculite.
“Dor nas articulações, lesões de pele semelhantes à acne e inflamação nos vasos da retina são frequentes. Casos mais graves podem incluir trombose, aneurismas e inflamação intestinal ou do sistema nervoso”, comenta Cordeiro ao Jornal da USP.
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O diagnóstico da síndrome de Behçet é clínico e se baseia nas manifestações apresentadas pelo paciente. Não existem exames laboratoriais que confirmem a doença de forma definitiva.
“A colaboração de especialistas, como oftalmologistas, é fundamental para avaliar a inflamação ocular e determinar a estrutura comprometida”, explica o reumatologista. Por ser uma doença autoimune, a causa exata da síndrome ainda é desconhecida.
Homens jovens, entre 20 e 40 anos, costumam apresentar uma evolução mais severa da doença em comparação às mulheres, que geralmente têm um quadro mais leve. Casos em crianças são raros, mas possíveis.
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A síndrome de Behçet é mais prevalente em regiões que faziam parte da antiga rota da seda, incluindo países como Turquia, Grécia, Israel e outros da Ásia e Mediterrâneo. No entanto, casos são registrados em todos os continentes.
Com o tempo, a doença tende a enfraquecer. Cordeiro destaca: “Não falamos exatamente em cura, mas sabemos que a síndrome se torna mais branda com as décadas, e muitos pacientes podem ficar assintomáticos. O tratamento busca melhorar a qualidade de vida e evitar danos acumulados”.
O tratamento para a síndrome de Behçet varia de acordo com a gravidade dos sintomas. Nos casos mais severos, medicações imunossupressoras são utilizadas para controlar a inflamação e prevenir recaídas.
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“As medicações imunossupressoras ajudam a bloquear as reações do sistema imunológico, reduzindo o impacto da doença e melhorando o bem-estar do paciente”, conclui o reumatologista.
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