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Muitos cães se sentem invadidos ao receberem beijos no focinho | Gpointstudio/Freepik
Você já comprou a roupa que o seu cão vai usar no Natal? Ou já está pensando como vai ficar grudado no pet quando chegar do trabalho? Algumas atitudes podem ser inofensivas para os humanos, mas insuportáveis para os pets. Será que você está irritando o seu animal?
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“Por amarmos nossos pets é comum querer miná-los e ter maior contato físico com eles. Porém, assim como queremos que nosso tempo e espaço sejam respeitados, precisamos compreender a individualidade deles”, diz a veterinária Reneé Cristina Carvalho.
Reneé, que é professora do curso de Medicina Veterinária da Estácio, esclarece, em entrevista à Gazeta, sobre coisas que os humanos fazem, mas os pets odeiam. Confira.
Ainda que necessário, de modo geral, os cães não gostam de tomar banho. Segundo a veterinária, isso acontece porque a experiência pode ser desconfortável, barulhenta e estressante, dependendo do ambiente e manuseio.
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“É importante considerar que os cães não têm o mesmo hábito de higiene dos humanos e não associam o banho à limpeza da mesma forma que nós”, lembra Reneé.
O olfato dos cães é muito mais sensível do que o dos humanos. Dessa forma, eles não gostam de passar perfume, pois um odor que pode parecer suave para o tutor, pode ser, na verdade, muito forte e incômodo para o pet.
A veterinária lembra ainda que os perfumes, mesmo aqueles próprios para pets, podem conter substâncias irritantes para a pele ou causar reações alérgicas nos cães.
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Aos olhos humanos, quando os cães cheiram fezes e urina de outros pets na rua durante os passeios, essa é uma atitude nojenta. Porém, este é um comportamento natural e faz parte da socialização dos cães e sua compreensão do ambiente.
“O hábito de cheirar fezes e urina ocorre pela presença de feromônios, o que torna essas substâncias fontes ricas de informações para eles”, explica Reneé.
Através das eliminações orgânicas, como urina e fezes, os cachorros podem identificar outros cães, sexo, idade, estado de saúde e até intenções territoriais.
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Muita gente não tem escolha e precisa deixar sozinhos os cães nos apartamentos e em casas para ir trabalhar. Eles também ficam sem companhia, quando a família vai passear, ou viajar, mas não são destinos pet friendly.
Entretanto, em geral, cães não gostam de ficar sozinhos, pois são animais sociais que precisam de interação e estímulos.
Muitos deles, inclusive, podem desenvolver ansiedade de separação, o que gera comportamentos destrutivos e compulsivos, como lambedura compulsiva, e vocalização excessiva, podendo culminar em um quadro de depressão.
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“Procure sempre garantir companhia, enriquecimento ambiental e uma rotina regular de passeios e brincadeiras. Para quem tem a rotina muito cheia, hoje em dia existem até creches para cães, o que pode ser uma ótima opção para eles”, orienta a profissional.
A personagem Felícia, do desenho Looney Tunes, é frequentemente lembrada para retratar alguém que gosta muito de agarrar e apertar os animais. Isso porque, por gostar tanto deles, ela costumava apertá-los.
Entretanto, cães e, sobretudo gatos, não gostam de ser frequentemente apertados. Segundo a veterinária, abraços mais calorosos podem causar desconforto, sensação de sufocamento e até parecer uma ameaça para eles.
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“Apertos e abraços mais empolgados podem fazer com que respondam de forma agressiva na tentativa de se defender. Cada animal tem um nível diferente de tolerância ao toque, então é importante respeitar os sinais de desconforto e não forçá-los”, diz a profissional.
Colocar roupas e fantasias nos cães pode parecer irresistível para muitos humanos. Contudo, a maioria dos pets não gosta de roupas, especialmente se forem apertadas ou limitarem seus movimentos.
Por outro lado, vestir os animais pode ser benéfico em situações específicas, como raças de pelo curto ou sem pelos em dias muito frios. Ainda assim, é preciso atenção e escolher roupas confortáveis e sem detalhes que possam ser engolidos pelos pets.
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Na hora de demonstrar carinho, muita gente se empolga e beija o focinho ou mesmo a boca do pet. Além de não ser higiênico, diz a veterinária, muitos cães se sentem invadidos em áreas sensíveis.
Muitos cães não toleram contato nas patas. Assim, os tutores devem conter seus impulsos e evitar tal hábito.
“Forçar interações e contatos que geram desconforto no animal, pode ser prejudicial para ele, que acaba tendo liberação de hormônios do estresse, além de prejudicar a relação com o tutor”, alerta a professora.
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Nem todos os cães são sociáveis e, mesmo aqueles que normalmente o são, podem não querer interagir em todos os momentos. Dessa forma, comenta a veterinária, forçá-los pode gerar medo e até agressividade.
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