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Cidade fantasma de Ararapira foi alvo de disputa de dois estados | Otávio Nogueira / Wikimedia Commons
As cidades fantasmas aparecem de forma recorrente em séries e filmes de aventura ou ficção científica. Porém, ao contrário do que muita gente pensa, elas não ficam apenas na imaginação dos roteiristas. No mundo, há cidades fantasmas reais, incluindo no Brasil.
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A seguir, confira quatro cidades fantasmas espalhadas por terras brasileiras.
A cidade de Velho Airão, também conhecida como Airão Velho, foi fundada em 1694 por portugueses, sendo o primeiro povoado às margens do rio Negro.
Localizada a cerca de 250 quilômetros de Manaus, Velho Airão, primeiramente, foi um município pobre, que passou a prosperar com o início do Ciclo da Borracha, por volta do ano de 1879.
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O auge econômico do povoado ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, visto que a cidade exportava a matéria-prima para a fabricação de pneus e materiais cirúrgicos pelos países aliados.
Com o fim da guerra, a exportação cessou, marcando o fim do Ciclo da Borracha e a falência da cidade. Os moradores começaram a ir embora e, para justificar a partida das pessoas, um político da época chegou a dizer que a população estava sendo devorada por formigas. O último morador de Velho Airão deixou a cidade em 1985.
Desde 2005, as ruínas da cidade foram tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
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A cidade de São João Marcos, no Rio de Janeiro, nasceu em 1739, ao redor da capela dedicada a São João Marcos.
Por muitos anos, o município viveu da cultura do café e chegou a ter mais de 14 mil habitantes, além de escolas, correios, hospital, clubes e teatro.
A sorte da cidade começou a mudar em 1905, quando uma obra da empresa The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power inundou um distrito rural de São João Marcos para a construção de uma usina hidrelétrica. O desastre levou à formação de um lago, a Represa de Ribeirão das Lajes.
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Anos depois, em 1939, a empresa viu a necessidade de aumentar a capacidade da represa, o que levou o IPHAN a tombar a cidade, na tentativa de preservá-la, transformando-a em patrimônio histórico.
A medida, entretanto, não deu certo, visto que no ano seguinte, Getúlio Vargas promoveu o destombamento e desapropriou as terras. As águas da represa não chegaram a tomar todo município, o que restou é hoje parte do Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos.
Cococi foi um município do Ceará, distante cerca de 500 quilômetros de Fortaleza. Ele foi criado no início do século 18, primeiramente como vila, a partir de fazendas que pertenciam a coronéis da mesma família, a família Feitosa.
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O status de cidade só veio no século 20, em 1957, por meio de uma lei estadual. O município cearense chegou a ter quase 4 mil habitantes.
Na década seguinte, um escândalo envolveu a família Feitosa, a única que ocupou a prefeitura da cidade. Segundo populares, em seu segundo mandato, o então prefeito teria utilizado indevidamente dinheiro público para a compra de gado, o que fez com que a Ditadura Militar extinguisse a cidade.
Dessa forma, o município voltou a ser um distrito da cidade de Parambu, deixando os moradores revoltados. A partir de então, munícipes e a família Feitosa abandonaram o local.
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Ararapira localiza-se no extremo leste do estado do Paraná, na divisa com o estado de São Paulo e já foi alvo de disputa dos dois estados.
O município foi uma das vilas fundadas pela coroa portuguesa, no século 18, na ainda Capitania de São Paulo. Sua localização, entre Iguape e Paranaguá, era considerada estratégica, já que era passagem obrigatória dos viajantes entre São Paulo e Curitiba.
Naquela época, o porto de Iguape também era bastante movimentado e importante, o que contribuiu para o desenvolvimento de Ararapira.
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Por conta de sua posição, os estados de São Paulo e Paraná passaram a brigar pela localidade, o que fez com que o governo Federal intervisse e, em 1920, a cidade passou a ser um município paranaense.
Por se considerarem paulistas, os moradores locais ficaram revoltados e se mudaram para uma vila no estado vizinho, a Vila de Ariri.
Na década de 1930, cerca de 500 famílias ainda viviam em Ararapira, mas a abertura de estradas mais modernas fez com que a cidade perdesse importância. Este fato, aliado ao avanço do mar, levou as pessoas a abandonarem a cidade.
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