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A família Marchese investiu mais de R$1,2 milhão na reforma do cinema depois de 2006 | Reprodução/octoworkscontent
Muito populares no século passado, os cinemas de rua foram sumindo com o passar das décadas. O VHS e outros avanços tecnológicos dificultaram o funcionamento das salas de exibição, mas um modelo de negócio foi responsável por mudar a cultura cinematográfica do país.
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Atualmente, poucos cinemas de rua resistem no interior de São Paulo. Veja os que ainda funcionam e guardam o atrativo das suas gerações.
Em 24 de junho de 1942 foi inaugurado o cinema com 542 lugares, no centro da cidade de Socorro, interior de São Paulo. Mais de 70 anos depois a família Marchese reformou o espaço com poltronas confortáveis e o sistema de som com 11.1 canais.
O espaço é o primeiro cinema brasileiro a receber energia através de painéis solares. Mais de cinquenta ficam no topo do prédio e alimentam as noites de estreia. Em cartaz, os grandes sucessos da atualidade enchem os olhos dos turistas que visitam a cidade.
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Uma das explicações para a popularidade do cinema atualmente é a adaptação. Hoje, os cinéfilos podem comprar ingressos online para as duas salas disponíveis através do site.
O atual Centro Cultural Nilson Prado Telles preserva o espaço de cinema mais antigo do Estado de São Paulo. Construído em 1910, o prédio foi adquirido pela prefeitura de Dois Córregos em 1992, que transformou o lugar em um centro cultural, mantendo os projetores e as exibições.
Em 2017 a história do Cine Dois Córregos virou o documentário “Cine São Paulo”. O longa conta a história do filho do fundador, que começou como projetista aos 14 anos e passou a cuidar do espaço depois da morte do pai.
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“O cinema foi uma espécie de um hobby, uma paixão, uma alegria. Eu gostava de ver a casa cheia de gente, não de dinheiro. Agora, teve um final feliz. Meu pai, lá do céu, deve estar dando boas risadas de ver que tudo o que eu fiz", diz Chico em entrevista ao g1.
Localizado na cidade de Botucatu, centro-sul do Estado, o Cineclube para Todos é uma iniciativa dos moradores amantes da indústria cinematográfica. Todas as quinta-feiras o cinema exibe longas com sessões às 19h30min.
Isabela Silva, 47 anos, é uma das fundadoras do Cineclube Paratodos. Inaugurado em 2005, um grupo de amantes da sétima arte de Botucatu venderam pão de queijo e chá gelado para registrar o cinema.
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“Fizemos uma homenagem ao antigo cinema para todos, que ficava na praça para todos. Hoje é um teatro. Botucatu teve o apelido de terra do cinema, porque antigamente grandes distribuidoras de filmes tinham escritórios aqui na cidade”, explica Isabela.
Paramount, Metro Goldwyn-Mayer, Columbia Pictures e a Warner Bros instalaram seus escritórios em Botucatu, por conta da influência de Emílio Peduti, empresário, político e amante de cinema.
O Cineclube Paratodos fica em uma casa na rua. Pedro Delmanto, 677.
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Segundo dados do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual, em 1975 o cinema brasileiro viveu o seu auge, com mais de 275 milhões de ingressos vendidos. Naquela época, existiam 3.276 salas de cinema no país, número que diminuiu até chegar em 1.033 no ano de 1995.
Além do VHS, nos anos 80 o multiplex chegou ao Brasil como um modelo de negócio pensado nos grandes centros urbanos. As salas, que podiam suportar até 1000 pessoas em uma única sessão, diminuíram para caber no máximo 200 pessoas.
Portanto, o cinema virou um modelo de varejo. Em 2008, 73% dos cinemas estavam em shoppings centers e somente 27% em salas de rua. Poucos ainda resistem.
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